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quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Mãe! Pai! Eu só mudei de fase na escola, continuo pequeno...


Os apelos da mídia na conturbada vida moderna levaram os responsáveis por nossas crianças a traçar uma nova forma de viver. Para nos ajudar a entender este dilema o grande Joãozinho, o menino contestador das fábulas infantis, nos fará refletir a vida na sociedade atual.
Depois de vários anos no Ensino Fundamental I, Joãozinho pega seus cadernos universitários com os quais sobrecarrega sua mochila e seu pequeno ombro, pois ele se recusa a usar uma mochila de rodinhas. Pagar mico não é nada agradável em tempos de Bulling.
Acompanhado por sua mãe, ele dirige-se a sua turma, enquanto os colegas se fazem precursores de tal frenesi. Entram e saem da sala o tempo todo.
De repente o silêncio toma conta do ambiente à professora de português amada e temida por todos, ela cumprimenta os alunos entrega-lhes um bilhete convocando os responsáveis para uma reunião.
Joãozinho guarda o recado, enquanto seus colegas: fazem aviãozinho, colocam debaixo da carteira, amassam, usam como papel para recadinhos... Como um peixe fora d’água, ele pergunta:
- Por que você jogou o recado fora?
- Minha mãe trabalha, ela disse que eu já sou grande e tenho que me virar. - Autotomia moleque! - Autonomia!
Em casa ele revira seus gibis e encontra o Estatuto da Criança e do Adolescente, ilustrado por Maurício de Souza, coloca na mochila aumentando um pouco mais o peso, neste difícil hábito a ser mudado nos pré e adolescente. 
No dia seguinte o sinal toca!
- Maravilha!... Ecoa a voz do Joãozinho. – Aula de português! A magnífica professora das palavras, com quem aprendíamos a entender cada símbolo linguístico, conquistado pelo homem em sua longa jornada no Planeta.
Antes de começar a aula, Joãozinho diz:
- Professora! Ajude-me a dizer aos homens o que estamos fazendo com a lei.
- Não entendi João?  
- Nós somos pequenos, mudamos de fase na escola, concordo que temos que ter autonomia como disse o Luiz, só que a lei que está escrita neste gibi deve ser “RESPEITADA”, porém quando descumprirmos a lei, não estamos cometendo um crime?  No Estatuto há um parágrafo único que determina: E direito dos pais ou responsáveis ter ciência do processo pedagógico, bem como participar da definição das propostas educacionais ”.   Estas informações são passadas nas reuniões, por que as empresas não respeitam a lei? Na outra escola, a Diretora sempre elogiava a presença dos pais. Não crescemos tanto assim, nos sentimos soltos, sozinhos e perdidos, queremos e não queremos ser adultos em um corpo frágil sofrendo profundas transformações.
- Fique calmo Joãozinho, uma coisa de cada vez.
- Os pais acreditam que seus filhos cresceram, porém nesta fase da vida, as transformações hormonais e a necessidade de incluir-se a um grupo, se não forem acompanhadas por seus responsáveis podem causar danos irreparáveis as nossas crianças.
Para as escolas fazer os pais presentes é muito difícil, principalmente dos alunos que dão problemas de indisciplina, crianças precisam de limites em qualquer idade. Afinal a escola ensina, os pais educam e o mundo está gigantesca escola da vida, nos dirá que “tipo de filho”, somos capazes de deixar para o nosso planeta... 


segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Educação e a Divina Comédia de Dante - “A selva escura”, não é mera coincidência.


- Dormir! Era tudo que a educadora que pulsa em mim gostaria, depois de ver o ano letivo se arrastando feito moribundo em busca da cova, onde as palavras rudes dos pais tiram-me o sono...
- Após quase duas décadas dedicadas à profissão me vejo perdida no meio de um ciclone tentando salvar um gato. - Saiba “morto”! A cabeça pesada rodopia entre o certo de uma certeza supostamente inaceitável, debruçada sobre as mazelas e o medo eu procuro explicação na razão que tenta sucumbir à emoção. - Tenho que acordar e percorrer caminhos geradores de conflitos que não são meus.
Automatizada me pergunto como fui parar naquele lugar, onde as funções do que deveria ser feito é perturbada por tudo que não cabe lá. Parceira de um eterno começar, falamos incansavelmente do começo e o do recomeço que fica sempre a recomeçar.
Enquanto os leões mortos e empilhados de cada dia nos fazem tropeçar uns nos outros, acompanhados pela voracidade com que nos olha a multidão a procura de respostas. Amparados e desamparados, somos protegidos por códigos legais que são afrontados por condutas que constrói, destruindo e que acreditávamos estar estabelecido.              
- “Respeito”! -“Educação”!  Esta mágica ação humana que há séculos perambula pela selva dos experimentos enquanto é dividida em partes que se repartem em processos longos de acusações, entrelaçadas a violência dos agoures da sociedade moderna.   
E aos olhos o que parece simples é devastado pela complexidade que a nós é retratada pelo ensino público, que perdeu a essência de seus educadores quando resolveu transformá-los em Frankenstein das especializações... E no grotesco medo de perder a vida sã, rogo que retornemos cada qual ao seu lugar, para que assim, os valores primordiais do viver humano se recomponham mesmo que divididos, porém, ocupando os seus lugares e significados. “Os pais educam e a escola ensina”.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

O vitalício poder governamental.


Tal pai... Por que deixar se envolver “filho”?...

Num país chamado Brasil, uma parcela da população descobriu que o poder vitalício do Rei agora com vários nomes diferentes (Presidente, Governador, Deputados e Senadores) é legitimado por uma nação de homens e mulheres que apertam um botãozinho escrito “confirma”.
Indignados com estas ações, uma parcela desses homens e mulheres se rebelam criaram a campanha “Ficha Limpa”, e para espanto e surpresa dos cidadãos deste país, esta parcela da população “os eleitos democraticamente”. - Perfeito! - Erramos, porém persistir no erro não é burrice e sim falta de consciência. Arrumaram um jeitinho brasileiro de burlar a lei e permanecer tudo igual.
Renunciam dos seus cargos mergulhados na lama da corrupção, pois apostam na memória curta do povo brasileiro e na crescente desigualdade social do país. - Já sei! - Erramos outra vez! - Eles estão novamente nos representando.
Estes, outrora candidatos, se sentindo em plena época medieval com a “Coroa de Lata” na cabeça, apresentam aos seus súditos seus sucessores.
- Quem? - Nós? - Sim, a nação brasileira: eu, você. Porque o espanto?...
Diante de uma platéia inerte a política do pão e circo que é comanda pela futura “Realeza” que provavelmente será eleita pelo inesquecível botãozinho confirma. - Como? - Eleita?
- Sim! Eleitos democraticamente pelo maldito botãozinho. Sendo assim, vivemos a troca dos maravilhosos salários de bolso, pois o que era anteriormente depositado na conta do ex-candidato “o pai”, passa ser colocado na vitalícia conta do filho, da mulher, da amante... - Espera aí! - Mulher e amante não são parentes... E quem disse que a monarquia voltou... Eles é que pensam assim.
- Bem como faço parte da parcela de rebelados, faço um apelo ao povo que nas próximas eleições irão apertar este botãozinho, fiquem atentos, votar não é um ato qualquer, é o fato mais importante que a democracia foi capaz de construir.
- Que façamos então como na época medieval. – Guilhotina eleitor brasileiro! Para que assim o Brasil possa “decolar”
O Tribunal Superior Eleitoral adverte: negociar seu voto é crime, artigo 299 do código eleitoral. E a pena para quem comete este ato estapafúrdio é: Condenar a si e ao país ser representado por quem rouba, e não faz...





Da ditadura a democracia dos corruptos e palhaços


Após longos anos de “sim senhor e não senhor”, o cenário político brasileiro caminhou entre as amarras da ditadura. Ao arrancarmos as algemas deste famigerado regime militar, que nos deixou como herança um amontoado de cadáveres desconhecidos. Partíamos para o século XXI, possuídos pela democracia, dos que lutaram arduamente por ela abrindo mão de seu bem maior “a vida”. Iludidos fomos às urnas acreditando que tudo seria diferente.
Com a única arma que nos restou o “voto”, e é com ele nos cabe modificar está legião de candidatos que nos envergonham e que se abastecem com a miséria humana.
È impossível um cidadão brasileiro nato, com dezoito anos completos, características claras para ser candidato em nosso país concorrer de maneira justa e com igualdade de condições, com esta legião de corruptos que se apossam do dinheiro público para comprar e corromper o eleitor. A fome o devora, junto com os seus, todos os dias. Vivemos hoje em nosso país, a maior chacota política possível de ser vivida, pois descoberta como novo filão econômico atrai uma massa gigantesca de artistas que se valem do seu oficio para ofender o eleitor com: “Eu sou o Tiririca da televisão. Sou candidato a Deputado Federal. O que é e que faz um Deputado Federal? Na realidade eu não sei. Mas vote em mim que eu te conto”. Desta maneira passamos pelas agulhas de Ronaldo Ésper, caímos no campo de futebol com Marcelinho Carioca e acabamos na feira com a mulher Pêra. Diante desta balburdia eleitoral, não temos tempo hábil para combater de forma limpa está vergonha nacional, que recebe o nome de “Eleição”. Podemos até acreditar que por trás do palhaço exista um homem sério. Mas democraticamente que possibilidades têm o João, a Maria, a Lucia... personagens anônimos de nossa história de concorrer com a mídia?
Não podemos utilizar o “voto” para transformar o Congresso Nacional e as demais Instâncias Políticas, em casa da “mãe a Joana”... Em “picadeiro”... Ou até mesmo no extinto pavilhão do “Carandiru”... Lembre-se mais de um milhão de jovens e crianças, sem contar com nossos idosos, habitam este país e são eles os mais penalizados com esta falta de respeito à Democracia Nacional.
Eleição, por incrível que pareça é coisa séria e é um momento de reflexão, onde temos que nos atentar aos grandes e pequenos detalhes dos projetos políticos dos candidatos. Quanto ao caráter dos que estarão aos nossos serviços, deve ser impecável. Afinal são eles os responsáveis por criar e aprovar as Leis e as Políticas Públicas de atendimento a população.
Portanto anular o voto ou se dizer apolítico é sofrer cinco anos de violência social, censura velada, mensalões, políticos que roubam e dizem que fazem dinheiro na cueca e assim por diante.
E como disse um grande combatente da ditadura Geraldo Vandré: ... “Quem sabe faz à hora, não espera acontecer”...
Eleitor brasileiro esta é à hora, e a sua arma é o “voto”.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Ficha Limpa nas mãos de homens de caráter dúbio...


Hoje não tenho como florear, preciso do meu amigo Joãozinho imediatamente. -Sim, aquele magnífico personagem das fábulas infantis.
Ao iniciar a aula, Joãozinho estava triste e cabisbaixo, seu olhos marejados de lágrimas me diziam que alguma coisa havia acontecido.
-João! Posso ajudá-lo? -Não professora... Mas menino porque tanta tristeza? -A casa caiu professora. -Como? -Caiu professora.
-Desculpe, não estou entendendo menino.
-Professora, durante muito tempo eu li na bandeira brasileira a frase “Ordem e Progresso” e isto me dava uma grande alegria... Ao percorrendo os caminhos da interatividade fiquei sabendo que a Ficha Limpa, pode não valer para as próximas eleições, e isto me deixou muito triste. Por que Joãozinho? -“Ordem” professora significa algo bom, determina que o país está em boas mãos, com leis que estão a favor do povo, auxiliando a nação a se desenvolver de maneira onde os cidadãos sejam respeitados de forma igualitária.  “Progresso” é a garantia de uma nação em dar ao povo uma vida digna, onde todos os cidadãos sejam capazes de cuidar de si e dos seus com o fruto do seu trabalho.
Nós pesquisamos o nome dos partidos que apoiaram está ação popular, fizemos cartazes com o nome dos candidatos que votaram contra e a favor da Ficha Limpa, também nos preparamos para convidar nossos pais para pensarem em nosso futuro e o quanto é importante votar certo.
Meus amigos e eu não suportamos mais viver e ver este mar de corrupção que é divulgado todos os dias na televisão, nos jornais, na internet...
E agora professora, terei que dizer aos meus os pais que o futuro que parecia “certo”  tornou-se  “incerto” quando a corrupção venceu a nação. 

Muito prazer, eu tenho nome...


Quando nasci, fui desejado por minha família, com todo carinho meu pai  escolheu meu nome, João Pedro, sou míope e uso um óculos super forte com lentes que costuma incomodar, mas me permite ver com toda clareza a cara covarde dos meus agressores diários.  O meu amigo, o Pedro, conhecido por todos como bolão, acho que não preciso dizer o motivo do apelido, é companheiro da Ana Julia “ferrugem”, uma menina  doce e delicada, que nos faz companhia na hora do intervalo quando corremos para o nosso esconderijo. Lá, somos super heróis e matamos a turma do mau, outro dia a Ana Júlia, jogou ácido no Maurício, ele ficou com medo que borrou toda calça, o Lucas saiu correndo e nunca mais voltou para escola. O sinal toca e voltamos apressados para o nosso pesadelo cotidiano, eles fazem parte da nossa turma e não nos deixam em paz com seus apelidos malvados e suas brincadeiras agressivas. Outro dia, a Ana Júlia não veio à escola, a mãe comunicou à diretora que a menina não iria mais estudar. Passamos na casa dela quando estávamos perto, soubemos que ela havia tomado o super ácido que jogou no Maurício e por este motivo iria estudar com os anjos. Quando voltamos para casa armamos um super plano, juntamos uma porção de fotos da Ana Júlia e fizemos um mural enorme.  Julia será a primeira da turma, suas lindas sardinhas brilharam como estrelas em uma linda noite de luar. E o mundo vai saber mundo que ela não foi covarde apenas estava cansada de suportar a maldade do Maurício, do Lucas e Cia... Passamos então ignorar os ignorantes que pensavam estar se divertindo.
Segundo a professora Esp.: Kátia Alessandra F. Rojas “Apelidos como "rolha de poço", atitudes como chutes, alunos "esforçados" que geralmente sofrem represálias por parte de seus colegas, em geral, não por características físicas, mas também intelectuais, são comportamentos típicos de alunos em sala de aula. Brincadeiras próprias da idade? Não. São atos agressivos, intencionais e repetitivos, que ocorrem sem motivação evidente e que caracterizam o chamado fenômeno Bullyng.Estudos mundiais revelam que de 5% a 35% dos alunos estão envolvidos nesse tipo de comportamento. No Brasil, alguns estudos demonstraram que esses índices chegam a 49%. Quem agride, quer que o seu alvo se sinta infeliz como na verdade ele é. É provável que o agressor também tenha sido humilhado um dia, descarregando no mais frágil a sua própria frustração e impotência. Não é interessante responder às provocações, pois isso aumentaria a raiva do agressor e é exatamente isso que ele quer. Outra coisa importante é não manter segredo da ofensa, intimidando-se. Pode ser um bom momento de lidar com os próprios complexos e de superar com a ajuda da família.”
O Bullyng é um problema mundial, e o mais agravante dos fatos é a omissão de alguns estabelecimentos de ensino, seja ele de ensino fundamental ou médio, particular ou público, que fecham os olhos não admitindo a ocorrência do fenômeno entre seus alunos, fingindo desconhecimento e negando-se a enfrentá-lo.  Não podemos fazer vistas grossas quando observamos a criança ou o adolescente com brincadeiras de mau gosto. Ou inocentemente reproduzirmos um apelido, achando que os colegas o estão fazendo devido a uma forma de carinho, visto que muitas vezes ele reflete o interior do ofendido e não a ação prazerosa que pensamos estar ali. Um aluno, filho de pais com estatura baixa e que os amigos e nós educadores costumávamos chamar carinhosamente de “pequeno”, sofreu calado até recebermos a visita da mãe que nos pediu que parássemos de nos referir a ele desta maneira, pois ele detestava o jeito carinhoso com que o tratávamos.

Consciência um inimigo oculto...



Durante todos os anos de minha vida em que as injustiças se estampavam violentamente sobre meu rosto, agredindo-me silenciosamente, eu desejava em fuga ser a dona Maria, mãe de vários filhos que responde ao apresentador do telejornal “boa noite”, e que tem como passatempo favorito o show de calouros, aquele do velho Guerreiro “Chacrinha” com seu troféu abacaxi e suas chacretes despudoradas.
Os falsos pudores dos antepassados ainda me ferem a carne perturbando a mente.
-Ah! -O domingo! -Não! -Nada de domingão do Faustão! O que imperava era Silvio Santos e seu magnífico show de calouros, repaginado aos moldes dos dias atuais, jogando “dinheiro nacional” nos telespectadores, levando a multidão ao delírio e destruindo o civismo perdido após a ditadura.  
Novamente a consciência aos solavancos, trás me de volta o olhar crítico que entrelaça atitudes e arbítrio, que é vista por mim como humilhação.
            E a musiqueta irritante! “Abelardo Barbosa está com tudo”... Continua a me agredir os tímpanos, enquanto a dona Maria: lava, passa e cozinha educando seus filhos para uma sociedade aos avessos, bombardeada por valores imorais que estouram na escola e no país, apossado por escândalos de todos os tipos.   
E o tempo não para! Passa! E a sociedade transforma e é transformada, mais as donas Marias caminham suavemente rumo ao que penso não ter sentido. E o que tem sentido? O stress de uma louca que esbraveja palavras misturadas a sonhos utópicos, tentado mudar o mundo, agredindo a si e a todos.      
Por que se olha no espelho dizendo que o poder não é capaz de corrompê-la, fingindo não saber que os não se corrompem, cavam suas próprias sepulturas: Chico Mendes, líder dos seringueiros, Dorothy Stang: freira assassinada no sul do Pará e provavelmente eu, “morta” por ideais que como eles, não mudaram o que parece ser imutável.  
Diante de fatos avassaladores, o contingente de Marias aumenta empilhadas por todos os lugares, sobem e descem os morros, projetando seus sonhos a fantástica loteria televisiva: Lata Velha, Lar doce lar, Esquadrão da moda, Um dia de Princesa... 
Enquanto seres como eu debatia-se em alto mar, afogando-se na passividade de ações alienadas, perturbando e sendo perturbada em diálogos que não se consolidam, pois os anos rebeldes se rebelaram sepultando-se nas caras pintadas de uma juventude dominada pela mídia “bandida”, que sobrevive dos horrores desta violência desmedida, que transforma vilões em astro da TV.
Que para dona Maria. Sim! Aquela que sonho ser, mas não consigo, pois ela acredita que tudo não passa de um grandioso espetáculo da TV que termina quando o apresentador do telejornal diz: Boa noite. 

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Narciso e Políticos... O que há de comum entre eles?


O poder público se faz necessário em qualquer tipo de sociedade, principalmente, no que se refere à representatividade dos anseios do povo.
- Como professora?
- Ah! Desculpe, este é mais um assunto sério a ser relatado por mim. É, esqueci-me do Magnífico Joãozinho. Este mesmo! O personagem das doces “fábulas infantis”.
-Como estava falando; nos regimes políticos escolhemos nossos representantes através do voto.
-Espera professora, minha avó  votou por que o vereador lhe deu uma dentadura.
-Fique tranquilo, chegamos lá.
-Voltarei à aula e não me interrompa menino, este assunto é sério e preciso concluí-lo. Após escolher seus representantes o país é direcionado ao caminho certo, eles passam a organizar as necessidades dos seus cidadãos. Saúde, educação, habitação...
- Ah! Professora de que país a senhora está falando? Do mundo de Alice? O que vemos e ouvimos pela televisão  é uma camuflagem em todos os sentidos do que realmente acontece. Possuídos pelo egocentrismo, os nossos políticos debruçam as margens do rio e contemplam sua cara de pau pensando ser:  Narciso...
-Já falei para não me atrapalhar, este assunto é sério Joãozinho.
-Com o país organizado, a sociedade é atendida nos municípios por seus vereadores, no Estado pelos deputados, na união.
-Outra vez João!...
-Na união temos açúcar, mas no Governo Federal e em todos os seguimentos somos atendidos pelos corruptos. E isto me causa um asco profundo. Eles transformaram  a miséria humana em  fonte primordial de qualquer candidatura.
- Professora, nós sabemos que muitos dos que estão lá,  não saíram de berços nobres e sentiram na própria pele o que hoje os beneficiam.   Precisamos  mudar com urgência a legislação no tocante à representatividade política de nosso país... Ficha Limpa não é detergente e não basta para derreter a gordura acumulada nos bolsos dos políticos corruptos e impregnada nas paredes das Câmaras e do próprio Congresso é preciso muito mais.
-Fala Juca e abaixa essa mão! Cueca seu tonto...  Precisamos de um coquetel de vergonha, dignidade, respeito, solidariedade e como ingrediente final consciência política para os nossos cidadãos omissos e acomodados que é o mais agravante! Vendido como minha velha avó!... Temos que falar não: a dentadura, muleta, maleta e a cara de falseta dos políticos picaretas... Rimou professora!...  
-Deus, este menino é terrível!... Chega João!...
-Não! Quero vê-los comprar a consciência de uma nação consciente...  E se prepara! Vou gastar o dicionário que coloquei debaixo do prato para  não queimar a mão.  Vou me reportar  ao magnífico Mandela “ A educação é a arma que pode mudar o Mundo”... Entendemos bem os motivos pelos quais a saúde e a educação é o que é, no Brasil e nos países onde ela é primordial e bem sucedida a força bélica  reprime seus cidadãos. - Neste país ou no mundo de Alice professora o que liga é ser cidadão consciente... Não é moçada! Rapaziada João... 

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Corporativismo e ética uma lição para toda a vida...


Para falar da espetacular lição que aprendi sobre corporativismo e que gostaria de compartilhar, não encontro ninguém mais precioso para me auxiliar do que o extra-ordinário Joãozinho. Sim! Aquele magnífico personagem das velhas e inesquecíveis “fábula infantil”.
Outro dia na escola ao iniciar minha aula, recebo o pobre Joãozinho que assustado não conseguia verbalizar uma única palavra. Mas como o ofício enfiou-me garganta abaixo, uma especialidade a qual não tinha a menor vocação não teve outra opção. - Joãozinho o que aconteceu? Tenha calma e me explique. Após algum tempo e de depois, de tomar um garrafão de água, ele começa a falar: - Minha mãe está com uma doença grave, falta de ética e corporativismo ela é professora! Viu professora!...
Chorando desesperadamente o menino não sabe como se controlar e lá vai mais um garrafão de água.
Com toda paciência do mundo, começo a falar sobre a rara e inexistente doença da mãe de Joãozinho. Outro dia fui ao médico que me passou um remédio errado, procurei seu colega de profissão e disse: - Doutor este remédio está me fazendo mal. Olhando atentamente para o exame ele diz rapidamente: - Calma senhora, o problema está na composição da fórmula que o laboratório fez, meu colega tem toda razão. Mas vamos trocar. A ética médica os torna corporativista e imperiosamente co-autores dos erros vividos em todos os cantos do planeta.
Diante da explicação o formidável Joãozinho se levanta e diz: - A ética professora! Não consegui entender! Mas o corporativismo! É aquilo que falta em sua profissão.
Quando fazem bagunça, todos nós ficamos quietinhos, sem falar quem foi. Já vocês quando lutam por condições de trabalho, esperam... Esperam... E esperam... Depois usufruem o pouco que os poucos de vocês conquistaram... Sozinho luta-se professora! Unidos se faz...!
-Joãozinho!...
Este menino ainda vai revolucionar o mundo...

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

O professor não é Bombril, mais exigem dele mil e uma especialidades


No calor de uma conversa entre amigos, mais uma vez o professor é alvo do desrespeito com que é tratado na escola e pela população.  O Governo Federal, através da LDB (Lei de Diretrizes e Bases), implantou o sistema de progressão continuada, que aprova o aluno de uma série a outra sem saber nada.
E com o objetivo de poupar recursos, obriga as escolas públicas a formarem todos os anos uma demanda de alunos, sem o mínimo preparo para ingressar nas Faculdades e Universidades do país, que por sua vez também dispõe ao mercado de trabalho uma demanda de profissionais mal formados e desinformados.
Bem!  Não se assustem, pois quem avalia estas instituições de ensino de aprovam seu funcionamento é o MEC, o Ministério da Educação e Cultura.
E o ensino vai mal... E a culpa é do professor?
Este mesmo governo, tentando camuflar a má distribuição de renda, provoca um dos grandes fatores responsáveis por gerar as desigualdades  sociais... Que por sua vez também contribuem para o grave colapso social vivido dentro do país.
Ainda na tentativa de modificar tal situação, aplica medidas paliativas e assistencialistas como: bolsa família, auxílio gás, bolsa escola, bolsa, bolsa...
Ações que não devolvem a dignidade a este cidadão, apenas o acomoda a sua condição... E por incrível que pareça saibam: Nós temos os maus médicos, engenheiros, mecânicos, farmacêuticos, policiais, bandidos, mendigos, traficantes, governantes e assim por diante... E a culpa também é do professor?
Então me ajudem a refletir: O que podemos fazer ao receber um bilhete como este?
- “Professora, a Ana está batendo na avó.  Tome providências...”  A inversão de papéis e a falta de valores obrigam tanto o professor como o sistema atual de ensino a assumir responsabilidades que estão longe de serem sua.  O professor não é Bombril, mais exigem dele mil especialidades: psicólogo, fonoaudiólogo, pediatra, conselheiro, policial, motorista, pai, mãe... Sendo assim me respondam:
 - Em que momento ele será educador?

A extinção do Professor


Em pleno século XXI uma reportagem revolta o cenário educacional do país, com o crescimento do PIB estimado em 5% para os próximos 5 anos.  O Brasil assiste de mãos e pés atados a recusa dos jovens brasileiros ao ofício de professor.  A Revista Nova Escola de fevereiro publicou um estudo encomendado pela Fundação Victor Civita (FVC) à Fundação Carlos Chagas (FCC) que traz dados concretos e preocupantes: apenas 2% dos estudantes do Ensino Médio têm como primeira opção no vestibular de graduação diretamente relacionada à atuação em sala de aula.  Os motivos justificados pelos jovens entrevistados foram: Baixa remuneração – 40%; Falta de identificação profissional ou pessoal – 32%; Desinteresse e desrespeito dos alunos – 17%; Desvalorização social do professor – 17%; Más condições de trabalho – 12%; Outros – 15%.
Então, perguntamos aos nossos governantes: Como modificaremos esta realidade crucial e fazer com que o país cresça se não existirem professores para capacitar os futuros profissionais das diversas áreas?
A UNESCO, o órgão das Nações Unidas revela: no Brasil os professores têm o pior salário, quando comparado a 32 países de economia equivalente.  Com baixos salários os docentes enfrentam jornadas duplas e às vezes triplas, em salas de aula superlotadas.  “Segundo o mesmo órgão, o número adequado de alunos por classe deve situar-se 20 e 30 no máximo, uma vez que as classes menores favorecem o estudo e a atenção docente individualizada, além de reduzirem a tensão e a intensidade da tarefa docente, corrigindo o importante fator de estresse.  Observe-se que no Brasil, não raro, o número de alunos é superior a 50 por classe.  Há professores que chegam a lecionar para até cerca de mil alunos, em até mais de 20 classes.  Verifica-se, portanto, que as más condições de trabalho, acentuam de maneira dramática a penosidade da profissão de professor.
E quando à saúde do professor?  Vai de mal a pior, pois doenças como estresse, (de acordo com a APEOESP, na Rede Pública Paulista, 46% dos professores sofrem de estresse, depressão, síndrome do pânico e de burnout (quando o profissional desenvolve uma relação apática com o ofício, motivado pela estafa física e mental).  São, junto com a violência, as maiores causas de afastamentos.  Isso quando o INSS acata a determinação médica. 
Se não pararmos para refletir e agir, não teremos como acompanhar a evolução que o progresso capitalista nos impõe, nos tornando assim uma nação submissa à vontade dos que detém o conhecimento.

Mulheres, simplesmente mulheres.


Sexo frágil nunca mais.
Invadimos o cenário político e tomamos o poder em nossas mãos.
Mesmo sabendo que em algumas esferas a representação feminina seja pouco significativa, gostaria de lembrar que a Presidência do país é nossa.
Confiantes nesta extraordinária virada, as mulheres do século XXI arregaçam novamente as mangas e mais uma vez se fazem presentes na história.
Educadoras e discípulas do conhecimento acreditam que a Educação é a arma mais poderosa para se mudar o Mundo.
Mundo em que a violência contra mulheres vai além do desrespeito salarial, da jornada dupla de trabalho, da falta de vagas nas creches, das marcas e cicatrizes corporais e morais que algumas sofrem por seus companheiros violentos.  Falo da mutilação de seus corpos em nome de uma cultura machista e desumana, da vergonha desoladora do estupro, do abandono paterno a seus filhos com suas pensões miseráveis.
Porém, para ser justa, seria preciso muitas páginas a fim de mostrar a força e a beleza de sermos simplesmente mulheres.
Mulheres que ajudaram a humanidade a caminhar para o bem e que se tornaram fortes, pois como as rosas, mostraram seus espinhos e com eles abriram as portas do futuro, exemplo como os de: Maria Madalena, julgada e condenada ao apedrejamento oportunizou a famosa frase: “Quem não tiver pecado, atire a primeira pedra.”; Madre Tereza e irmã Dulce que lutaram pelos famintos; Maria mãe de Jesus um exemplo de beleza e fé; Maria Montessori uma revolucionária do Sistema Educacional.
Neste festival de Marias, Helenas, Lúcias, Martas, Angelas... Não há beleza maior do que ser singelamente o que somos, isto é, “Mulheres”.

sábado, 13 de agosto de 2011

Pai... Simplesmente pai.


Como falar de um ser tão especial, não tendo vivido esta especialidade? Simples! Basta avançar e  voltar no tempo e sua  consciência lhe mostrará o Criador. O pai de todos nós.
Por trás das cortinas da vida, eles compõem o escudo materno, na magnífica, apavorante e incontestável frase: - Vou falar pro seu pai.
As pernas tremem e lá vem ele cansado, depois de um dia trabalho acolher as reclamações  de seus filhos.
Paciente nos coloca a sua frente e diz: - Já ti falei várias vezes obedeça a sua mãe, sua voz nos conduz ao pânico ao saber que somos naquele momento “vilões” nesta grande história de amor e conflitos. Depois, da bronca dada, nos faz transbordar de carinho, pois ser pai é:
Um homem sozinho! Aflito a espera de nossa chegada.
Um super herói! Em nossas histórias de quadrinhos.
Um menino! Com quem dividimos a bola.
Um amigo! Que acolhe nossas aflições...
E estes gigantes de múltiplas faces e funções são com toda certeza do amor que Deus tem por nós,  a metade certa e inexplicável de um amor incondicional, que se fará presente em nossas vidas e por toda eternidade.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Democracia e Educação na Casa da “Mãe Joana”

O magistério não é uma profissão de risco, mais nos últimos anos venho refletindo se estou certa. Embriagada pela esperança de ensinar e a prender o que há de melhor na humanidade, vivi dentro da profissão grandes alegrias e muitas tristezas... Que por hora configura-me como um matrimônio infeliz ao qual temos que nos acomodar: “Ruim com o profissional que temos, pior sem ele”.
Sei que a violência nas escolas públicas é grande, contribuindo para insatisfação de seus profissionais, bem como para evasão dos mesmos deste importante mercado de trabalho.              
Assistindo o programa da TV Senado, angustia-me tentar entender a “burocracia” de discussões que a meu ver não passam de transamazônicas.   
Nascemos sabendo que o Brasil é um país que não valoriza a Educação e isto é um fato histórico, mesmo assim continuamos anos a fio tentando descobrir os culpados do fracasso educacional atirando para todos os lados. Precisamos de um culpado, pois não somos capazes de entender e aceitar que erramos, e na contra partida temos que acertar juntos.
A família, instituição responsável pelos primeiros passos de formação das crianças tem obrigações neste contexto, e omíti-las em interpretações de cunho pessoal ao Estatuto da Criança e do Adolescente é irracional.
O mundo mudou, mais o legado de responsabilidades paternas, os valores éticos e morais continuam os mesmos, nossos filhos têm que adentrar as instituições educacionais com civilidade e urbanidade. Por favor, obrigada, com licença, bom dia, boa tarde, ouvir o outro, sentar-se adequadamente nas salas, respeitar e acatar os comandos... São princípios que fundamentam limites que atravessaram os séculos e fará parte da formação do cidadão no terceiro milênio.
Como gestora de escola pública assusta-me a quantidade de pais  que recebo por dia com um discurso, que me lembra “Um cego em meio ao um tiroteio”. Totalmente perdidos eles dizem que não sabem o que  fazer com seus “filhos” e a relação: Quem é o adulto? Não se estabelece!...
Dentro das unidades escolares o vendaval de comportamentos atrelados as especificidades de profissões impostas ao professor o agride e como já havia dito em meus relatos anteriores: -“Ele não é Bombril, mas exigem dele mil e uma especialidades”.
Para a Presidente da Escola Brasileira de Professores, Guiomar Namo de Mello: O país continuará formando: “Alfabetizadores e professores de 1º ao 5º Ano que não conseguem diferenciar zero vírgula cinco de meio”... Segundo a mesma os alunos do Bandeirante, colégio renomado do Estado de São Paulo não se dedicará ao magistério. ...“ Nós deixamos a formação do professor destinada aos alunos do ensino médio público noturno, pois são eles que vão fazer o curso de pedagogia ou licenciatura. E vão pagar por isto! Depois vão dar aula na escola pública”... Mas uma vez nos escondemos atrás de diagnósticos da péssima qualidade educacional e da formação de seus profissionais. Perdoe-me: o leite já derramou! A criança já nasceu! Até quando ficaremos procurando com o pano na mão quem é o pai do rebento e quem ligou o fogo? Paguem um salário digno ao profissional da educação, reduzam sua carga de trabalho e garantam a ele capacitação em serviço, sobram vagas nas Universidades Públicas destinadas ao magistério. O país não pode parar!... Divagamos anos a procura de problemas sérios, estampados nas linhas, estrelinhas, desenhados e grafados em neon, que são resolvidos com medidas paliativas, copiando modelos educacionais importados “Made in China” totalmente fora de nossa realidade.
Acredito que nove mil reais por mês atrairá para profissão do magistério segundo “Heleno Araújo Filho” um número significativo de profissionais. Mas é nosso dever pensar! Isto não garante a qualidade do ensino público e nem do particular, pois se assim o fosse, não teríamos governantes corruptos que patrocinam o desvio de 60% a 70% das verbas públicas que tem como foco principal a área da saúde e da educação.  
            Neste oceano de lamurias e mazelas a fala do Senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) confirma uma possível tendência, e que espero, seja real para a próxima década “Se erramos, por que não consertamos?”

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Qual o valor do seu voto?...


Filhos e netos de uma juventude reprimida por longos anos de ditadura, o eleitor atual apagou dentro de si o gosto pela liberdade.
Quando falo de liberdade, não me refiro à flexibilidade de nossa memória em ignorar ou apagar em pouco tempo as ações dos políticos corruptos que se beneficiam de seus corrompidos.
Muito menos aos que se referem instantaneamente à força da “democracia” por ter seu “calo”alvo da conveniência alheia ou de suas próprias ações. Vivemos em um país democrático!  Como se democracia fosse algo antagônico aos que lutaram por ela. Mas, de uma juventude que buscou caminhos para dizer não nas entrelinhas de suas canções maravilhosas e até mesmo no “glorioso espetáculo” do efeito dos seus “corpos” perdidos em cemitérios clandestinos, que os uniram a uma única e inesquecível ideologia: “Fazerem-se livres! Em um país abençoado por Deus e bonito por natureza, pois não esperam à hora fizeram-se acontecer”.
Sendo assim, lhes pergunto: Qual o valor do seu voto? Terá ele o mesmo valor dos que ignoram que negociar um direto mesmo que obrigatório é crime? Artigo 299 do código eleitoral.
Lembrem-se: uma cesta básica lhe adianta quinze dias de provimento dependendo do tamanho de sua família, seu voto sem consciência, por favor ou gratidão custará a você e ao país o desvio de recursos que deveriam ser aplicados na sua saúde, na sua educação e de seus filhos, na sua cultura e da nação... Segundo Ricardo Caldas, professor da Universidade de Brasília, no Brasil aproximadamente de 15% a20% dos votos são vendidos.
E não temos como negar, estas práticas interligam-se dentro de um ciclo vicioso, alimentando-se das necessidades imediatas, enquanto são abastecidas pelas desigualdades sociais que assolam o país ou pela troca de vantagens prometidas aos eleitores não importando a sua condição social. Onde os candidatos ou futuros candidatos trajam-se como “lobos em pele de cordeiro”, e se posicionam inertes por “vontade” ou “impotência” a tal condição.
É fato! Que de fato! Fazemos apologia à impunidade política com piadinhas infames: Rouba, mas faz... Pense! Rouba de quem? Quem tem padrinho não morre pagão... E quem não tem, procura um?
O covarde ato de quem se intitula apolítico ou esconde-se na certeza de não ter votado. Desculpe! Isto não o conduz ao patamar de “semideus”, pois a lógica filosófica é clara. “Todo eleitor é alvo da inconsciência política”.  Sendo assim reflita: “Se a educação é a arma que pode mudar o mundo”, seu voto consciente garante a ela a munição necessária...

terça-feira, 26 de julho de 2011

Uma aspirina para um “Sistema” em metástase...

Deitado sobre a maca no corredor de um hospital público, o Sistema Educacional Brasileiro recebe a visita no Nobre Senador Cristovam Buarque, com um sorriso de orelha a orelha, que trás em sua maleta executiva uma enorme aspirina disfarçada de Projeto Lei 480/07.  “Que obriga o filho do político a estudar na escola pública”.
Discursando no ouvido do pobre moribundo seu desejo escalafobético, camuflado em “pseudo vingança”,  que atingirá a ele e também aos seus, afinal é comum os filhos substituírem seus pais no cenário político.
-Agora eles não terão como correr amigo, ou mudam a qualidade do Sistema Educacional até o aniversário  da República que fará 125 anos em 2014, ou seus filhos... Bom! Não sei não!
Paralisado e sem esboçar reação, o Sistema Educacional fingi-se de morto, pois para ele que já havia engolido a Progressão Continuada, que até o presente momento ainda não conseguirá digerir, suportar a aprovação de tal projeto talvez  custasse o pouco de vida que lhe restava.
Dando continuidade o Senador passa a relatar a economia porca, destacando a “evasão legal”de 12 milhões de reais por mês abatido do imposto de renda, e que poderiam ser disponibilizados ao Setor Público incluindo Educação e Cultura.
O pobre sistema não se conteve, mexe-se de um lado para o outro despencando da maca. Socorrido imediatamente pelos enfermeiros, que atende prontamente seu pedido dispensando o Senador, que sai com  uma carta do amigo com um dizer interessante. –“Caro amigo,  esta carta deve ser lida na próxima sessão do Senado”.
Como um bom oportunista fiel o Senador dirigisse aos colegas em sessão extraordinária convocada por ele.  -Ah! Fidelidade não tem nada a ver com curiosidade.
Quando os 81 senadores estavam a postos em seus respectivos lugares, Cristovam Buarque abre a carta e para espanto de todos parecia que o papel estava em branco.
Escrito em letras miúdas, porém com uma profunda lucidez linguística, o nobre sistema diz a todos:
-O pior cego é aquele que não quer ver e vocês estão cegos pela ganância.
-O pior surdo é aquele que não quer ouvir e vocês estão surdos pela ignorância da vontade de falar e ouvir a si mesmo.
-O pior mudo é aquele que não fala pena que não são vocês, recebi o Nobre Senador em meu leito e nunca ouvi tantos desatinos...
Educação se faz com consciência e democracia.
Falem para o povo! Olhem para o povo! E ouçam o povo...

O Brasil de JK... e o que vivemos hoje, em termos de Governabilidades Municipais, não é mera coincidência.

Situação e oposição: um equilíbrio necessário. E sua consciência de que lado está?

“Em comparação com outros períodos da nossa história, os anos de JK de 1945 a 1964 podem ser considerados anos de estabilidade política, pois o mesmo contava com o apoio das Forças Armadas e da maioria do Congresso Nacional”.
Esta situação vivenciada por JK, não vai além da mesma pseudo-estabilidade que vivemos atualmente no que se referem às Governabilidades Municipais, portanto, isso não é mera coincidência.
Sem oposição política ou social, os prefeitos governam livremente, direcionando as verbas públicas segundo sua vontade. Sei que alguns leitores dirão: -Mas e as Câmaras Municipaisl? Mas quem são as mesmas, se não a representação unânime dos prefeitos instituídos. Os vereadores estão todos a favor das Prefeituras incondicionalmente, se opondo a elas somente em casos que fujam da sua nobre conveniência ou nos meses em que antecedem as eleições, denunciando os escândalos e a corrupção, como algo que “rola-solto” e de desconhecimento geral.
Pena que tanto os atuais políticos municipais bem como a própria população desconheça o sabor acalorado da oposição, esta arma inquestionável que bem direcionada pode vir estar a favor dos que realmente precisam “o povo”.
Afinal, o que seria de nós brasileiros se caminhássemos para o século XXI, governados pelos ditadores militares ou até mesmo pela Monarquia Portuguesa? Formas estas de governo destituídas pela oposição popular. Gostaria então de lembrar que mesmo um governo considerado estável como o de JK não ficou imune aos atos de rivalidade e desacordo dos que não acreditavam em sua política, “Planos de Metas”. Pois os artigos publicados pelo jornal “Tribuna da Imprensa, de Carlos Lacerda, e o semanário Maquis, onde escreviam ilustres udenistas como Aliomar Baleeiro, Prudente de Morais Neto entre outros” nos fazem refletir a importância que tem o papel da oposição em qualquer forma de governo seja ele estável ou não.
Oposição neste caso não se descreve como uma atitude insana de um grupo rebelde, que investe horas a fio dizendo continuamente não a tudo, mas como uma maneira coesa de discutir e rever os fatos estabelecidos ou que virão a se estabelecer dentro de uma visão diferente.
Não quero com este artigo desvendar o mar de lama que pode existir ou não dentro desta passividade política que vivenciamos, mas questionarmos na medida do possível quem realmente deve fazer o papel de crítico do poder público instituído. Pois opor-se a algo é vivermos em permanente conflito, produzindo dúvidas, certezas... sempre questionáveis.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Um Leão na Fazenda e uma Tartaruga na Justiça.


A caminho do zoológico de São Paulo, programa favorito das crianças. Com medo de sair do caminho dei de “cara” ao grande marcador de “impostos” imposto aos cidadãos.
Olhei espantada para o imenso cronômetro que ultrapassava o limite de velocidade permitida aos grandes corredores de Formula I... Tapei as narinas dos meninos e a minha, pois respirar tornou-se caro demais.
Antes de passarmos “desta pra melhor”, deixei as crianças respirarem um pouquinho. -Só um pouquinho tá meninos! O rádio terminava uma música em seguida ouvi as noticias: -“André Luiz de Almeida Mendonça, diretor do Departamento de Patrimônio e Probidade da Advocacia Geral da União, afirma sem dúvida que cerca de 60 e 70% (dos desvios) das verbas públicas se referem à Educação e Saúde...” –“Barbeiro”! Comprou a carta onde? - Ufa! -Ainda bem que não foi nada, meu convênio está vencido.
Neste momento estressante o trânsito dividia comigo sua loucura e o Leão do imposto continuou nos tirando o fôlego. Parado cinco minutos enfrente ao cronômetro, vi Schumacher, Ayrton Senna, Rubinho Barrichello. -Opa! Errei a lista! Serem deixados para trás. -Bicho esperto pensei cá comigo! Ele não perdoa!
A locutora continuou a entrevista com uma boa notícia: “Mendonça, diz ter recuperado 8% dos valores questionados do desvio  famoso “o caso Lalau”, do ex-senador Luiz Estevão(PMDB-DF). Mas como alegria em casa de pobre “dura pouco” ela fez questão de enfatizar que isto era parte do dinheiro, 54.9 milhões... -Se isto é parte do dinheiro. Imagina o rombo! O buraco da camada de ozônio é só um furinho!
Levantei o volume do rádio, pois os meninos não paravam de pedir. -Nossa! -Criança acha que somos banco! A notícia continua: “ Mendonça reconhece que falta muito para ser recuperado e defende uma justiça mais rápida, pois somadas todas as etapas de apuração desde a detecção de irregularidades pelos órgãos de controle e o término do processo pode levar cerca de 17 anos”.
Despercebida paro na faixa de pedestre. -Droga! -O guarda do meu lado.
Com um sorriso amarelo faço cara de culpada e peço desculpas... Afinal a justiça é lerda! Mas não é cega.
Sendo assim, o Ministério da Justiça adverte: pode demorar, mais o furinho vai ser tampado e a vida útil de uma Tartaruga é de cento e cinqüenta anos...
Mas a qualidade de vida do brasileiro se não pararem o cronômetro... Barrichello! Barrichello!...

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Senador... A escola pública não é o cantinho do pensamento.

A Escola Pública não é o cantinho do pensamento, mas é vista assim pelo Senador Cristovam Buarque(PDT-DF), autor do Projeto Lei 480/07, que obriga o filho do político estudar na Escola Pública.
Sendo assim, convido os cidadãos, bem como os profissionais responsáveis pela educação deste país, a fazermos uma reflexão.
Até quando suportaremos estas medidas ofensivas e demagógicas, bem como a camuflagem dos reais problemas do Sistema Educacional? Tais como: super lotação das salas, jornada excessiva de trabalho, baixos salários, escolas sucateadas...    
De boa vontade Senador, o inferno esta cheio, e que me perdoe o “Diabo”, ainda tem muita coisa para chegar...
Será impossível a ele e a nós, pensarmos que os problemas da educação vão além dos alunos destinados a ela?
Como? Quando? E onde, o filho do político pode ser a salvação do Sistema Educacional? Ele está mais propício com a aprovação deste Projeto, a ser utilizado como álibi para o  desvio da Verba Pública, do que como herói do Sistema Educacional.
Além da Constituição Federal (artigo 5º  “Direito a igualdade...” e 209 “Oferta de Ensino Particular...”), inquieta-me saber que um Senador, mesmo em um ato de devaneio oportunista, não saiba que o Estatuto da Criança e do Adolescente proíbe colocar crianças em situação constrangedora.
Analisem comigo: Este Projeto faz mesmo o que? 
Não podemos admitir filho de político não é chicote, portanto, eles não podem ser utilizados como ferramenta de correção,  são crianças e como tais devem ser respeitadas.
Com quase vinte anos de profissão já vivi aberrações estapafúrdias, entre elas: “Progressão Continuada” está é imbatível, Tiririca como membro da Comissão de Educação, hilariante. Ah! Quem tem mesmo que ir a escola?
O que percebo nesta longa jornada profissional é o desrespeito a dignidade humana, por uma legião de  políticos de carteirinha, covardes e oportunistas que não abrem mão de seus privilégios.                     Quer realmente um Projeto bom? Que tal este?  Projeto lei 481/11 “Redução de 10% do salário e dos benefícios de todos os políticos ativos e aposentados após o seu segundo mandato de todas as autarquias Federais, Estaduais e Municipais”.  Dos três poderes! Recurso este destinado diretamente para educação.   
Fique à-vontade Senador! Este pode, deve e é todo seu! ...
Precisamos acreditar e mudar com a bela frase do maravilhoso Nelson Mandela “A educação é a arma que pode mudar o Mundo”.
E está arma esta nas mãos de quem?

terça-feira, 12 de julho de 2011

"Buraco...Por que caímos nele?"

Foi na madrugada mais fria de junho que me vi congelada e quase não consegui acreditar que habitávamos um país tropical, abençoado por Deus, como afirmava o nobre cantor. 
Com os ossos a tilintar acordei, foi quando percebi que estava presa nas paredes de um gigantesco buraco econômico  que me roubava o sono e a paz.
Apavorada quis sair, porém não havia uma única e gentil possibilidade que me viesse à cabeça.
A inércia de minhas atitudes me reportou aos fatos, supostamente ignorados e relatados a mim por mim mesma.
Economicamente despia-me os juros do cartão de credito, que como visgo alimentava a centopéia desta louca metamorfose que sofri.
-Bem! Afinal nem tudo está perdido, pensei  cá comigo! Agora não me faltava pés para tantos de sapatos.
Na trajetória do caminho rumo à saída, deparei-me com os encargos do cheque especial, e lá estava eu, uma tarântula enorme e peluda, que passou a fazer jus ao punhado  de óculos de sol.
Com uma “bíblia”, apelidinho genial dado ao carnê do carro debaixo das patas segui meu percurso.
Afinal já estava enredada na cilada do compre um e pague dois e não havia como escapar dos seis longos anos impressos nas escrituras, não sagradas, mas financeiras.
Sem opção fui de encontro à  bola de neve agora como um grande urso branco e sem perder as forças, empurrava com a barriga mais um empréstimo, que desta vez pagaria outro empréstimo, que já devia antes de fazer este empréstimo. 
Meu corpo passou rapidamente por mais uma inesquecível transformação, desta vez escorregava parede abaixo como uma lesma visguenta em fuga devia, e não negava. O agiota tinha que esperar! Não havia como negar! “Ele foi tão bonzinho”! Facilitou-me a aquisição de centésimo vestido de festa, sabe aquele que só usamos uma vez? Unicamente seu? Desde que façamos um genocídio à famosa torcida do timão.
Consumista! Eu? De forma alguma, onde estávamos mesmo? Ah! No fundo do buraco dando só uma olhadinha na liquidação de verão. “Uma galinha morta”...    
Sendo assim, o Ministério da Fazenda e Zoonose adverte: o consumo desnecessário liberta os bichos que há em você. 

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Meu “ex-marido” e o “pai” dos meus filhos, quem são eles?

...Eles estão dentro do mesmo corpo, mas representam seres diferentes...

Compartilhando uma história difícil, porém necessária nos tempos atuais, pois a mesma é um dos problemas enfrentados pelos profissionais da educação em seu cotidiano, vou novamente convidar aquele espetacular personagem, “o belo Joãozinho” dos velhos contos e fábulas infantis para refletirmos sobre os dois homens que habitam um ser muito especial. Joãozinho acorda e ouve sua mãe falando ao telefone com sua avó...
 - Aquele imprestável, arrumou outra e nos deixou, foi embora mamãe...
 Apossada por um repertório assustador de palavrões, jamais ouvido por ele e seus irmãos, o pequeno infante assusta-se e vê o mostro do Lago, o Bicho Papão, o Velho do Saco... Colocando-lhe nos braços com uma boca arregalada repleta de dentes afiados dizendo:
 - Fala! Papai. Fala filhinho! Papai...
Com os olhos cheios de lágrimas sua mãe o chama e comunica o abandono e não poupa esforços em destruir e caracterizar da mais vil maneira o ser que dividiu seu quarto por longos e inexplicáveis anos. Afinal dormir com o Bicho Papão não era nada agradável, pensou o pobre Joãozinho. Ao chegar à escola sentou-se cabisbaixo e não pensou duas vezes, mostrou sua revolta com o novo pai que lhe fora apresentado pela mãe em seu momento de fúria. Com o comportamento super diferente do habitual, porém esperado em uma situação, como a que estava vivendo. Diante deste novo cenário a escola passa a moldar-se aos atropelos do cotidiano familiar do pequeno Joãozinho, que assistirá por longos anos o litígio de um grande amor rompido.
Passeando com o Bicho Papão no shopping, o pobre Joãozinho encontra seu colega de escola que também passeava com o Velho do Saco, no meio de Príncipes e Princesas neste conturbado conto da sociedade antiga e atual.
É preciso então refletir: O “pai” do seu filho é realmente seu “ex-marido”? Será que ao jogarmos em nossos filhos os desgostos de um casamento que não deu certo é certo? O que isto pode causar na vida de nossas pequenas jóias? A sociedade “matrimonial” precisa entender, pais e filhos trazem consigo um amor incondicional e compete a eles julgar o que realmente somos em suas vidas. Sendo assim, feche as portas do dolorido espetáculo, “o fim do casamento”, e lembre-se “Príncipes e Princesas” não viram monstros “estão” e por nossos filhos temos que mudar.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Passou! Mas não vai passar em branco...

Retire as flores secas do vaso e prepare um bom jantar, estou indo ao salão. Estas foram às últimas ordens da patroa... As pétalas de rosas cobriam a entrada da casa, os sais derretiam na banheira e as crianças dormiram mais cedo... Sentada no sofá, em sua longa e habitual espera o tempo lhe abre as gavetas da memória e os anos de esquecimento do famoso aniversário de casamento lhe devolvem as loucas e tristes desculpas do marido: -Meu chefe foi atropelado e seu presente ficou no balcão da recepção do hospital. -Deus! Deixei seu presente no taxi. -Cadê? Chegou? Não acredito que a transportadora não entregou. -Dona Vilma! Está despedida! Hoje é o aniversário do casamento da minha mulher. -Onde está às flores e a jóia? Carregando o estepe e sujo de graxa retirada de onde não há, ele exibe um problema mecânico do carro zero, com um mês de uso. - Fui seqüestrado e dei seu presente para salvar minha pobre vida amor. Com todas as gavetas abertas e as lembranças cobrindo seus pensamentos, ela levanta do sofá, toma um belo gole do espumante importado. -Julioooo! O berro atravessa a copa e o coloca em segundos a sua frente. -Retire o carro da garagem, vou sair. Meia hora depois o marido chega com um maravilhoso ramalhete de flores na mão e um lindo solitário. Vê a mesa posta e um bilhete sobre o prato de sua amada. Querido, seu Rolex que comprei em nosso primeiro ano de casamento, está a sua espera e ira jantar com você. Desculpe! Tive que socorrer o “gato” da vizinha, este ano nosso aniversário de casamento não vai passar em branco...

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Celular, um vício ao alcance de todos...

Seria Alexander Graham Bell, a genialidade humana das comunicações de massa ou um grande inquisidor? Seguido por um lunático que desapercebido viciou o mundo a um aparelho. Recebemos em média por dia, cerca de 40 ligações, destacada pela grande intromissão da notável pergunta: - Onde você está? Ou do transtorno escalafobético de prevaricações de amigos, que mais parecem inimigos e que te ligam em plena curva do retorno imperdível da marginal Tiete... Assassino! Já sei o que muitos dirão: - basta não atender. Mas como conter o vício da musiqueta do gás ou do cantor predileto reservada ao gato do final de semana. Sem contar o ativador da memória catastrófica que envolve todo ser humano em seu bendito “será”. E até termos este incontestável aparelhinho em mãos nos contorcemos no volante matando: o pai, a mãe, os filhos, os primos, os tios, as tias, os avós... Chega o último sobrevivente da família disse: Alô! Enquanto uma voz de vendedora de sexi shopping, recita seu nome e lhe contempla com uma assinatura do jornal ou de uma revista inútil de culinária... Droga! O guarda me multou. Outra hora inicia-se com a conspiração destes dois gênios, ativamos então a “parte esquerda do cérebro” e despejamos um caminhão de palavrões a ligação continua te oferecendo as mil maravilhas do mundo que serão entregues gratuitamente, acompanhadas a bela multa que levou ao dirigir falando no celular. Opa! Falando não, ouvindo, pois até meu CPF ela sabia. E não pense que terminou, ainda temos a famigerada perguntinha: Quem “tá” falando? Sendo assim o Ministério das Comunicações e da Educação advertem: celular, iphone e ipod não pode ser utilizado em reuniões ou ao dirigir...

Barco de Papel...

Analisem comigo, você consegue imaginar o que seria de um simples e delicado barco de papel a deriva em alto mar? Pois bem, despedaçado e flutuando por todos os lados... Agora devemos nos reportar ao sistema educacional brasileiro, que a deriva assemelha-se aos pedaços de papel no mar. Um problema para pegar, porém, possível de resolver. Considerada como uma das secretarias que mais recebem recursos a educação perdeu o leme do barco, mesmo sendo ela responsável pelo progresso da nação. Confusa por dicotômicos discursos, carrega consigo o enfadonho ranque de prestar um péssimo serviço a comunidade, mesmo que a mídia diga que os investimentos elevaram o IDEB(Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), porém, os índices deste instrumento regulador reforçam que as instituições particulares estão sempre à frente. Por que mesmo? Será por que eles não utilizam o sistema de Progressão Continuada e o número de alunos em sala é inferior ao da escola pública? Ou por que a valorização de seus profissionais se expressa no “Fundo de Garantia”, enquanto saímos do sistema público com uma mão na frente e outros atrás, garantidos por uma estabilidade “escravagista”? Mas onde está a verdade destes relatos? Por que negar ao país que nossos profissionais estão doentes? Fato este comprovado pelo grande número de afastamentos em suas inúmeras razões. Sobrecarregados e vítima de uma demanda exaustiva de trabalho que está atrelada a um número elevado de alunos por sala, perdem o gosto pela profissão. Não me atentarei ao fracasso dos recursos destinados a folha de pagamento e valorização dos profissionais, visto ser este um dos grandes entraves “indiscutíveis” por nossos governantes. Que não abrem mão de seus belos salários e mordomias. Novamente lhes pergunto? Aonde chegaremos discutindo assuntos como: reformas da grade curricular, tirando e colocando velhas e novas disciplinas, educação integral, obrigatoriedade do ensino aos quatro anos de idade, progressão continuada por ciclo sem ciclo... Ou navegando em um emaranhado de inutilidades, que não visam nada mais a não ser desviar os olhos do povo e dos profissionais da educação ao grande cerne da questão. Uma reforma precisa e efetiva da educação, que se iniciam com salários dignos, escolas apropriadas para sua real função à “transmissão do conhecimento”, parcerias com o sistema único de saúde e seus profissionais, pois é a eles que compete o atendimento das mazelas sociais “psicólogos, fonoaudiólogos, assistentes sociais”... Estamos visualizando e supostamente diagnosticando nossos alunos, que gritam socorro em uma rebeldia disfarçada e descontrolada, que recebe o nome do modismo atual “hiperatividade”. Afinal são eles, parte de uma comunidade desinformada que atendida pelas unidades escolares, discutem com os responsáveis por ela, tentando absurdamente ter razão onde a própria razão desconhece. É comum os pais culpar a escola e o Estatuto da Criança e do Adolescente a falta de limites dos filhos, pois se vêem proibidos de corrigi-los. Confusos, acreditam que educar é espancar, como se pancada fosse à salvação do mundo transformada em suas épocas históricas, sendo assim, se omitem dizendo não saber o que fazer. Perdidos em uma relação onde quem é o adulto, “não fica claro”. Não podemos continuar viajando nesta Nau que atracou no Brasil em 1500 e deste então não conseguimos fazer nada pela educação, neste país descoberto ou invadido e que perpetua os mesmos problemas, quinhentos e onze anos depois.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Crianças ou "cri onças"

O telefone toca, e o que parecia convencional deixa de ser... -Alô, pois não... Por segundos repito a mesma frase, o número marcado no celular era o da escola. Saio do meu trabalho, acompanhada pelos devaneios de uma mulher moderna. Deus! Meus filhos... São tão pequenos! Por favor, os proteja! O caminho percorrido revela a figura de uma mãe assoberbada pelo excesso de trabalho, vou à lua e volto com direito de ver Plutão ser destituído de seu belo cargo de planeta. Percebo então que o trânsito, não poupará minhas coronárias. Prestes ao primeiro infarto, respiro fundo e deixo passar... O barulho me distrai e entro na rua da escola, o segundo infarto ameaça, porém o chuto de lado e marco um belo golaço! Ufa! Não foi desta vez! Parada em fila quádrupla, saio do carro e vejo a diretora que portava uma caneta e um livro preto. Colocada ao lado de uma massa de mães que não entendia o que havia acontecido. Aliviada vejo que não era só comigo. Quando a última mãe chega às professoras são chamadas pela diretora, e se apresentam agora com uma longa lista na mão. Como telemarketing da educação elas repetem simultaneamente: - Eles não param sentados, falam o tempo todo, não realizam as atividades, jogam o papel no chão, não obedecem, brigam na sala, não usam as palavrinhas mágicas, não cuidam dos materiais, não atendem os comandos... De olhos esbugalhados, vemos nossas pequenas cri onças serem conduzidas a cada uma de nós, rosnando ironicamente, uma ameaça reagir, mas é contida pela mãe. Neste momento o material escolar é entregue, e não havia o que reconhecer na maçaroca exposta. Foi então que um arsenal de celulares toca ao mesmo tempo, momento em a diretora inicia seu primeiro infarto junto com uma professora afônica, com um semblante catatônico que tenta continuar a lista de produtos realizados por nossas pequenas cri oncinhas... Enquanto as cri mães não paravam de falar e a se contorcer nas cadeiras, olhando insistentemente para o relógio. Após várias tentativas de esclarecer os fatos, a diretora envia um torpedo e termina a reunião. Mas, consciente de que cri onças e cri mães, precisam ficar juntas no cantinho do pensamento assistidas pela Super Nanny, ou seja, Super Onça. Pois a função da escola é “ensinar” e da família “educar”.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

O stress da porta giratória

Acreditava, eu que os seres irracionais fossem aqueles que não conseguiam se comunicar utilizando os códigos lingüísticos. Meu dia amanheceu e eu não conseguia me comunicar com ninguém... Estava com a doença dos tempos modernos há mil por hora, o stress sai pelos meus poros e têm cheiro de irritação... Olhava o mundo a minha volta e imaginava as grandes orelhas do planeta arrancadas por minhas próprias mandíbulas. Uivava pelos corredores como um bicho extinto, pois meu stress derrubou-me da minha condição humana. -Que droga! A louca persecutória da porta giratória do banco resolveu me fazer de suspeita. -Tem chave, sombrinha, porta-moeda, celular, chaveiro do carro? O Guarda me interpelava como um camelô, da Rua 25 de Março. E a maldita ainda me via como suspeita. Com a bolsa arreganhada e quase sem nada a declarar... Observo o porta-treco daquela sabotadora, e me pego a pensar: Por que as mulheres querem tantas coisas dentro de uma bolsa? Perfume, batom, carteira, guarda-roupa, mamadeira, penteadeira... -Nossa! Minha casa sem o jardim... Depois de um breve bate-boca com o camelô de fardas, lá estou eu prostrada em uma gigantesca fila de dois. A senhora a minha frente cansada, reclama do mundo, minha grande concorrente, afinal os caninos dela eram maiores que os meus. Horas depois do suplício a reencarnação da Barbie me cumprimenta, em seguida me dá a grande notícia: - Seu dinheiro ainda não está disponível, seu stress com nosso camelô de farda e a porta giratória, não adiantou nada... -Obrigada... Próximo. Como uma moribunda prestes a morrer de stress expresso meu último ato humano... -Chama o Gerente...!

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Os filhos da sociedade convencional... Abandonados e calados pelo preconceito.

Mãe, eu sou homossexual, uma frase simples rompe os laços de um amor incondicional que atravessaria a eternidade. Como um punhal afiado estas palavras atravessam corações. Sem preconceito algum, afinal, é assim que a sociedade vem se posicionando durante milhares de anos, visto que situações como esta só ocorrem na casa vizinho. Arrebatados pela violência dos fatos ditos e sem que nada mais os identifiquem, o amor quebrado leva pais e filhos a uma violência irracional. Expulsos de seus lares ou sem opção, estes jovens agora “marginalizados” se refugiam em guetos, moradias clandestinas, instituições e de favor na casa de amigos... A mercê de sua própria sorte e sacrificados pela hipocrisia da convencionalidade humana, que é incapaz de se fazer verdadeira em suas atitudes, pois a mesma se camufla em padrões de valores éticos e morais, incapazes de justificar a insanidade acometida contra seus cidadãos. Diante deste triste fato, precisamos refletir nos tornando o que realmente devemos ser: “humanos e humanizados”, diferenciados apenas pela fisiologia sexual que nos separa entre homens e mulheres. Porém esta característica dos seres vivos racionais e irracionais não pode carregar sobre si a responsabilidade de determinar o sentimento que nos conduzira a “felicidade”. Certificados sexualmente como cidadãos, não podemos admitir a formulação, reformulação ou a especificação da legislação, que se apega a detalhes para camuflar direitos garantidos a homens e mulheres como se assim eles não o fossem, apenas por terem optado amar seus iguais. O mundo precisa rever seus conceitos, é inadmissível estampar nas entrelinhas do viver em sociedade que é de certa forma mais “conveniente ou mais fácil” aceitar um cidadão que infringiu a lei do que um homossexual, pois as penitenciarias e delegacias estão sempre cheias de “mães”... Afinal, não consta no código ou na legislação especificidades segundo as opções feitas por estes cidadãos fora da lei, conforme sua classificação sexual. Lembrando também que nosso sistema prisional não atende esta população em presídios próprios para homossexuais. Por quanto tempo ainda sufocaremos no mar do preconceito velado ou estampado sobre lâmpadas florescentes de atos homofônicos, que conduzem estes cidadãos a calar-se em nome de seus filhos ou pais, presos aos valores éticos e morais, que se banalizam no modismo de uma divulgação oportunista dos que vivem de fatos e atos imediatos. Sucumbimos em anos de história, maridos e esposas na solidão dos encontros clandestinos, o viver de um sentimento proibido por uma sociedade hipócrita e preconceituosa que aprecia e aplaude a hetero/homossexualidade de um sentimento escondido, porém imposto pela “ignorância” que obriga seus cidadãos a camuflar-se em matrimônio infeliz...

Quem fecha uma porta, tem como abrir uma janela?

Não há um personagem mais inspirador do que o magnífico Joãozinho para descrever este fato dantesco. Porque janela? Talvez por ser a esperança dos velhos ditados populares, falados por nossos pais e avós... Mas este lindo personagem dos contos infantis e fábulas olha atentamente para janela de seu quarto tentando entender: “Deus fecha uma porta, mas abre uma janela”. Porém, quando atravessa a porta da sala aula e se depara com a figura de sua querida professora, que desacredita das janelas de Deus... O bom Joãozinho diante de uma monumental estrutura de pedra envolta por várias janelas deixa seus pensamentos atrevidos lhe perguntar silenciosamente: - Por que diante desta imensa janela, ela desistiu? Ao iniciar a aula a professora diz: - Veja que fato incrível:. -Em 1599 faltavam professores, pois alguns se perdiam nas matas a passeio ou morriam no trajeto. -Professora, professora... - Fala Joãozinho. -Em 2011 faltam professores porque ninguém quer trabalhar nesta profissão, e os professores não se perdem nos passeios, os alunos violentos os espantam da escola. -Certo João, me deixe dar aula. -Quando os livros eram escritos a pena, os mestres jesuítas tinham que escrever atividade por atividade para seus alunos, estavam sempre cansados e quase não tinham tempo. -Fala logo e não me interrompa mais menino. -Professora, ainda bem que a senhora tem o mimeógrafo e o giz, já pensou fazer cinquenta e dois cadernos. - Certo, fica quieto. - Nossos colonizadores não investiam na educação como os outros colonizadores, em São Domingos no ano de 1538, já tinha Universidade e aqui no Brasil a mesma foi construída em 1934. Quando o sinal toca, o pequeno Joãozinho abraça sua professora e diz: - Agora entendo, parece que nada mudou, mas há uma janela a sua frente, acredite, vamos vencer juntos! Sabemos que é quase impossível que uma categoria tão desrespeitada e fragilizada tenha como salvar o Brasil com um giz e uma lousa, e a tecnologia não lhes permitiria tal genialidade ou dinamismo, ainda mais diante de um governo historicamente tão omisso. Mas o que for ensinado aos pequenos Joãozinhos, pode “Mudar o Mundo”.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Politicamente correto...ou Simplesmente cara de pau?

Para quem acreditou que na política vale tudo. Errou! O que vemos hoje, são políticos que não valem nada fazendo-se de bons moços. Pisando sobre o excremento do péssimo serviço prestado ao país, tentam a todo custo pousar de vítimas. Alienados dizem que não sabem do assunto ou que nada tem a ver com os escândalos divulgados em cadeia nacional. Será que eles acreditam mesmo que somos tolos? Insatisfeitos com a podridão deste vale tudo e com o desrespeito às leis, deixamos bem claro ao país. “Não acreditamos em vocês.” Acreditem, isto é apenas o começo, pois conscientes ou não do voto dado, o povo está se manifestando e dizendo em pequenas mais significativas ações, estamos e estaremos de olho nos políticos que se intitulam de corretos, porém atuam de maneira clara, como grande e inesquecível cara de pau. Agora não adianta mais, uma parcela da população já percebeu a saída estratégica utilizada por alguns políticos, que renunciam seus mandatos e voltam estampando sobre a pele o brilho absoluto do antigo óleo de peroba. Portanto amigo eleitor, fique atento a longa lista dos maiores consumidores deste produto, que está em falta no mercado devido ao excessivo uso do mesmo no Congresso Nacional, no Palácio da Alvorada etc. Sendo assim, gostaríamos de lembrar a todos os eleitores: “O Ministério da consciência política “adverte” votar, nestes candidatos causa ao país: Faltam recursos para ser aplicado na saúde, na educação, no combate as desigualdades sociais, no desenvolvimento habitacional e nas políticas públicas de combate a violência... E o mais agravante de tudo, “as ervas daninhas” que perpetuam ou patrocinam a corrupção. Amigos eleitores, abram as janelas e observem o mundo a sua volta, a rede de comunicação em massa cresceu absurdamente em nosso país, portanto ser analfabeto político é uma questão de escolha e não falta de opção.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Nas entre linhas de uma profecia...

Trinta e um de dezembro de mil novecentos e noventa e nove, onze e cinquenta e nove da noite... Sessenta segundos antes do fim do Mundo como havia profetizado Nostradamus. “Dois mil chegará, de dois mil não passará”. Felizes todos os filhos do cristianismo que ultrapassaram a Profecia e acordaram cheios de verdades... Mentia o fabuloso Profeta. Será? O Brasil, este maravilhoso país abençoado por Deus, possui em seu território uma grande parte da Floresta Amazônica que abriga 33% das florestas tropicais do planeta, e cerca de 30% das espécies conhecidas de flora e fauna, porém, diversas espécies, muitas delas nem identificadas pelo homem desapareceram da Amazônia. O desmatamento destrói vinte hectares por minuto, trinta mil por dia e oito milhões por ano. E o desequilíbrio do planeta?... Segue em ritmo acelerado, de frio com certeza não morreremos. E neste agasalho coletivo com grife Universal, “Efeito Estufa”, a humanidade continua aqui, possuidora do planeta, pois é incapaz de perceber o jogo fabuloso que nos leva as entrelinhas de um diálogo. Continuamos então a caminhada voraz rumo ao terceiro milênio, destruindo o ar que respiramos em nome do progresso. Sucumbido pouco a pouco nossas florestas, envoltos nas armadilhas do gado de corte, que visa acabar com a fome dos que não conseguem colocar um bife sobre a mesa. E o desejo paradoxal do mentiroso? Revela-se a nós no desrespeito aos valores fundamentais a sobrevivência humana, pois nos perdemos na banalização da realidade que se posta diante de nossos olhos. Afinal, acreditamos estar como coadjuvante em um grande e inexplicável filme de terror, ou como um personagem em terceira dimensão de um jogo de vídeo game. Nesta avalanche de verdades vivenciadas e ou supostamente profetizadas, só depende de nós: Trinta e um de dezembro, onze e cinquenta e nove da noite... Dois mil novecentos noventa e nove anos depois? Sessenta segundos antes... Passará?

terça-feira, 17 de maio de 2011

As melhores cabeças particulares para as Universidades Públicas...O inverso se aplica?

Não se trata de uma questão figurativa ou de falácias sem comprovação. O ensino particular hoje abocanha literalmente as melhores vagas das Universidades Públicas. Não é necessário ser um Doutor em Educação para afirmar ou comprovar tal colocação, afinal, os Meios de Comunicação não permitiram a divulgação de inverdades. No conforto de seus lares, enfrente a televisão, os brasileiros observam os Sistemas de Ensino Particular divulgando suas melhores cabeças e as suas colocações nas Universidades Públicas, bem como a sua escolha em relação às mesmas. Na tentativa de igualar e corrigir a desigualdade referente às oportunidades oferecidas aos alunos de Escolas Públicas, o Governo Federal criou o ENEM, (Exame Nacional do Ensino Médio). Lamento muito dizer: - Hoje o mesmo também faz parte do merchandising do Sistema Particular de Ensino, o qual exibe outra massa de privilegiados nos outdoor e na mídia nacional, representando os primeiros colocados. Diante de todos estes fatos, parece impossível convencer o MEC (Ministério da Educação e Cultura) que o Laboratório Educacional do Sistema Público de Ensino vai mal das pernas. Novamente outras perguntas devoram pais e os profissionais da educação... Porque a rede particular de ensino não adotou a Progressão Continuada? O número de alunos em sala é igual o da escola pública? - Claro que não. Se fosse dificilmente atingiram tal meta. Porque a rede pública de Ensino mesmo recebendo tantos recursos e materiais continuam oferecendo um ensino sem qualidade? O professor da rede pública é o mesmo da rede particular, porque a qualidade de trabalho se difere tanto? O número de afastamentos não é suficiente para que se perceba que a sobre carga de trabalho é o cerne da questão? Neste emaranhado de porquês, não pretendo fazer uma apologia reversa, levantando a bandeira da repetência como forma de corrigir o fracasso educacional, mas refletir com pais, alunos, professores e toda comunidade educacional a responsabilidade de cada um, diante da importância do bem maior construído em prol da humanidade “o Conhecimento”.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Quem somos nós quando a razão nos deixa...

Um grito de desespero ecoa no Brasil e no Mundo, perdemos o bem mais precioso da humanidade “nossas crianças”, vítimas de mais uma tragédia ou das milhares que lhes acompanham todos os dias, como pequenos habitantes deste caótico planeta terra. Silenciosamente cada um de nós traz dentro de si esta linha extremamente fina que liga a razão e a inconsciência. Louco, psicopata, fanático religioso... Talvez, porém não podemos simplificar ou banalizar esta latente “violência”, assim como temos feito com as crianças vitimadas pela prostituição, pela fome, pelas guerras, pela desigualdade social... Ou deixar de lado a comoção das famílias brasileiras que partirão para o futuro sem seu “futuro” e com o coração sangrando de saudade. Diante de um caso apavorador como este é imprescindível parar no tempo, nos proibindo de permitir que a velocidade de novos acontecimentos retratados pela mídia nos afaste das lições que se revelarão. Sendo assim, precisamos urgentemente fazer um balanço de quem somos e do que pretendemos ser após este fato insano e lamentável. Devorados por um turbilhão de perguntas, o sistema educacional mergulha em seu luto, e passa a convocar seus educadores que por solidariedade dever e moral precisam se colocar a disposição da sociedade Para refletirmos conjuntamente, quais caminhos firmaremos, depois deste terror nacional, pois não temos como negar que o cenário deste trágico episódio é uma Unidade Educacional. Como um ato de grande repercussão o massacre de Realengo-RJ, ressuscita questões importantes: A violência verbal e física que se faz presente no cotidiano de nossos alunos deve ser tratada com o descaso com que vem sendo tratada? Como explicar para sociedade que o Estatuto da Criança e do Adolescente não é uma arma engatilhada contra os responsáveis, mas a garantia de um sistema judicial coeso e apropriado para cuidar de uma parcela especifica da sociedade, as crianças? Porque educação formal e informal, entram em choque dentro das escolas? Como apropriar o sistema educacional para lidar com a falta de limites e a omissão dos responsáveis? ...O Brasil desolado cala-se perplexo e sem respostas... Totalmente indefeso diante do primeiro ato covarde de um cidadão que nos mostrou e demonstrou literalmente quem somos quando a razão nos deixa... Mas que da forma mais dura nos disse: A sociedade precisa urgentemente rever-se como seres humanos devidamente “humanizados”.