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Dormir! Era tudo que a educadora que pulsa em mim gostaria, depois de ver o ano
letivo se arrastando feito moribundo em busca da cova, onde as palavras rudes
dos pais tiram-me o sono...
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Após quase duas décadas dedicadas à profissão me vejo perdida no meio de um ciclone
tentando salvar um gato. - Saiba “morto”! A cabeça pesada rodopia entre o certo
de uma certeza supostamente inaceitável, debruçada sobre as mazelas e o medo eu
procuro explicação na razão que tenta sucumbir à emoção. - Tenho que acordar e
percorrer caminhos geradores de conflitos que não são meus.
Automatizada
me pergunto como fui parar naquele lugar, onde as funções do que deveria ser
feito é perturbada por tudo que não cabe lá. Parceira de um eterno começar,
falamos incansavelmente do começo e o do recomeço que fica sempre a recomeçar.
Enquanto
os leões mortos e empilhados de cada dia nos fazem tropeçar uns nos outros, acompanhados
pela voracidade com que nos olha a multidão a procura de respostas. Amparados e
desamparados, somos protegidos por códigos legais que são afrontados por condutas
que constrói, destruindo e que acreditávamos estar estabelecido.
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“Respeito”! -“Educação”! Esta mágica
ação humana que há séculos perambula pela selva dos experimentos enquanto é dividida
em partes que se repartem em processos longos de acusações, entrelaçadas a
violência dos agoures da sociedade moderna.
E
aos olhos o que parece simples é devastado pela complexidade que a nós é retratada
pelo ensino público, que perdeu a essência de seus educadores quando resolveu
transformá-los em Frankenstein das especializações... E no grotesco medo de
perder a vida sã, rogo que retornemos cada qual ao seu lugar, para que assim,
os valores primordiais do viver humano se recomponham mesmo que divididos,
porém, ocupando os seus lugares e significados. “Os pais educam e a escola
ensina”.
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