Após
longos anos de “sim senhor e não senhor”, o cenário político brasileiro
caminhou entre as amarras da ditadura. Ao arrancarmos as algemas deste
famigerado regime militar, que nos deixou como herança um amontoado de
cadáveres desconhecidos. Partíamos para o século XXI, possuídos pela
democracia, dos que lutaram arduamente por ela abrindo mão de seu bem maior “a
vida”. Iludidos fomos às urnas acreditando que tudo seria diferente.
Com
a única arma que nos restou o “voto”, e é com ele nos cabe modificar está
legião de candidatos que nos envergonham e que se abastecem com a miséria
humana.
È
impossível um cidadão brasileiro nato, com dezoito anos completos,
características claras para ser candidato em nosso país concorrer de maneira
justa e com igualdade de condições, com esta legião de corruptos que se apossam
do dinheiro público para comprar e corromper o eleitor. A fome o devora, junto
com os seus, todos os dias. Vivemos hoje em nosso país, a maior chacota
política possível de ser vivida, pois descoberta como novo filão econômico
atrai uma massa gigantesca de artistas que se valem do seu oficio para ofender
o eleitor com: “Eu sou o Tiririca da televisão. Sou candidato a Deputado
Federal. O que é e que faz um Deputado Federal? Na realidade eu não sei. Mas
vote em mim que eu te conto”. Desta maneira passamos pelas agulhas de Ronaldo
Ésper, caímos no campo de futebol com Marcelinho Carioca e acabamos na feira
com a mulher Pêra. Diante desta balburdia eleitoral, não temos tempo hábil para
combater de forma limpa está vergonha nacional, que recebe o nome de “Eleição”.
Podemos até acreditar que por trás do palhaço exista um homem sério. Mas
democraticamente que possibilidades têm o João, a Maria, a Lucia... personagens
anônimos de nossa história de concorrer com a mídia?
Não
podemos utilizar o “voto” para transformar o Congresso Nacional e as demais
Instâncias Políticas, em casa da “mãe a Joana”... Em “picadeiro”... Ou até
mesmo no extinto pavilhão do “Carandiru”... Lembre-se mais de um milhão de
jovens e crianças, sem contar com nossos idosos, habitam este país e são eles
os mais penalizados com esta falta de respeito à Democracia Nacional.
Eleição,
por incrível que pareça é coisa séria e é um momento de reflexão, onde temos
que nos atentar aos grandes e pequenos detalhes dos projetos políticos dos
candidatos. Quanto ao caráter dos que estarão aos nossos serviços, deve ser
impecável. Afinal são eles os responsáveis por criar e aprovar as Leis e as
Políticas Públicas de atendimento a população.
Portanto
anular o voto ou se dizer apolítico é sofrer cinco anos de violência social,
censura velada, mensalões, políticos que roubam e dizem que fazem dinheiro na
cueca e assim por diante.
E
como disse um grande combatente da ditadura Geraldo Vandré: ... “Quem sabe faz
à hora, não espera acontecer”...
Eleitor
brasileiro esta é à hora, e a sua arma é o “voto”.
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