Foi na madrugada mais fria de junho que me vi congelada e quase não consegui acreditar que habitávamos um país tropical, abençoado por Deus, como afirmava o nobre cantor.
Com os ossos a tilintar acordei, foi quando percebi que estava presa nas paredes de um gigantesco buraco econômico que me roubava o sono e a paz.
Apavorada quis sair, porém não havia uma única e gentil possibilidade que me viesse à cabeça.
A inércia de minhas atitudes me reportou aos fatos, supostamente ignorados e relatados a mim por mim mesma.
Economicamente despia-me os juros do cartão de credito, que como visgo alimentava a centopéia desta louca metamorfose que sofri.
-Bem! Afinal nem tudo está perdido, pensei cá comigo! Agora não me faltava pés para tantos de sapatos.
Na trajetória do caminho rumo à saída, deparei-me com os encargos do cheque especial, e lá estava eu, uma tarântula enorme e peluda, que passou a fazer jus ao punhado de óculos de sol.
Com uma “bíblia”, apelidinho genial dado ao carnê do carro debaixo das patas segui meu percurso.
Afinal já estava enredada na cilada do compre um e pague dois e não havia como escapar dos seis longos anos impressos nas escrituras, não sagradas, mas financeiras.
Sem opção fui de encontro à bola de neve agora como um grande urso branco e sem perder as forças, empurrava com a barriga mais um empréstimo, que desta vez pagaria outro empréstimo, que já devia antes de fazer este empréstimo.
Meu corpo passou rapidamente por mais uma inesquecível transformação, desta vez escorregava parede abaixo como uma lesma visguenta em fuga devia, e não negava. O agiota tinha que esperar! Não havia como negar! “Ele foi tão bonzinho”! Facilitou-me a aquisição de centésimo vestido de festa, sabe aquele que só usamos uma vez? Unicamente seu? Desde que façamos um genocídio à famosa torcida do timão.
Consumista! Eu? De forma alguma, onde estávamos mesmo? Ah! No fundo do buraco dando só uma olhadinha na liquidação de verão. “Uma galinha morta”...
Sendo assim, o Ministério da Fazenda e Zoonose adverte: o consumo desnecessário liberta os bichos que há em você.
Uma pessoa como a Silvana que passa seus pensamentos e suas experiencias em palavras merece ter todo o mérito que tem e o meo respeito..
ResponderExcluirparabens amiga, lindo blog e lindas palavras.. bjOs.