Em pleno século XXI uma
reportagem revolta o cenário educacional do país, com o crescimento do PIB
estimado em 5% para os próximos 5 anos.
O Brasil assiste de mãos e pés atados a recusa dos jovens brasileiros ao
ofício de professor. A Revista Nova
Escola de fevereiro publicou um estudo encomendado pela Fundação Victor Civita
(FVC) à Fundação Carlos Chagas (FCC) que traz dados concretos e preocupantes:
apenas 2% dos estudantes do Ensino Médio têm como primeira opção no vestibular
de graduação diretamente relacionada à atuação em sala de aula. Os motivos justificados pelos jovens
entrevistados foram: Baixa remuneração – 40%; Falta de identificação
profissional ou pessoal – 32%; Desinteresse e desrespeito dos alunos – 17%;
Desvalorização social do professor – 17%; Más condições de trabalho – 12%;
Outros – 15%.
Então, perguntamos aos nossos
governantes: Como modificaremos esta realidade crucial e fazer com que o país
cresça se não existirem professores para capacitar os futuros profissionais das
diversas áreas?
A UNESCO, o órgão das Nações
Unidas revela: no Brasil os professores têm o pior salário, quando comparado a
32 países de economia equivalente. Com
baixos salários os docentes enfrentam jornadas duplas e às vezes triplas, em
salas de aula superlotadas. “Segundo o
mesmo órgão, o número adequado de alunos por classe deve situar-se 20 e 30 no
máximo, uma vez que as classes menores favorecem o estudo e a atenção docente
individualizada, além de reduzirem a tensão e a intensidade da tarefa docente,
corrigindo o importante fator de estresse.
Observe-se que no Brasil, não raro, o número de alunos é superior a 50
por classe. Há professores que chegam a
lecionar para até cerca de mil alunos, em até mais de 20 classes. Verifica-se, portanto, que as más condições
de trabalho, acentuam de maneira dramática a penosidade da profissão de
professor.
E quando à saúde do
professor? Vai de mal a pior, pois
doenças como estresse, (de acordo com a APEOESP, na Rede Pública Paulista, 46%
dos professores sofrem de estresse, depressão, síndrome do pânico e de burnout
(quando o profissional desenvolve uma relação apática com o ofício, motivado
pela estafa física e mental). São, junto
com a violência, as maiores causas de afastamentos. Isso quando o INSS acata a determinação
médica.
Se não pararmos para refletir
e agir, não teremos como acompanhar a evolução que o progresso capitalista nos
impõe, nos tornando assim uma nação submissa à vontade dos que detém o
conhecimento.
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