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terça-feira, 26 de julho de 2011

O Brasil de JK... e o que vivemos hoje, em termos de Governabilidades Municipais, não é mera coincidência.

Situação e oposição: um equilíbrio necessário. E sua consciência de que lado está?

“Em comparação com outros períodos da nossa história, os anos de JK de 1945 a 1964 podem ser considerados anos de estabilidade política, pois o mesmo contava com o apoio das Forças Armadas e da maioria do Congresso Nacional”.
Esta situação vivenciada por JK, não vai além da mesma pseudo-estabilidade que vivemos atualmente no que se referem às Governabilidades Municipais, portanto, isso não é mera coincidência.
Sem oposição política ou social, os prefeitos governam livremente, direcionando as verbas públicas segundo sua vontade. Sei que alguns leitores dirão: -Mas e as Câmaras Municipaisl? Mas quem são as mesmas, se não a representação unânime dos prefeitos instituídos. Os vereadores estão todos a favor das Prefeituras incondicionalmente, se opondo a elas somente em casos que fujam da sua nobre conveniência ou nos meses em que antecedem as eleições, denunciando os escândalos e a corrupção, como algo que “rola-solto” e de desconhecimento geral.
Pena que tanto os atuais políticos municipais bem como a própria população desconheça o sabor acalorado da oposição, esta arma inquestionável que bem direcionada pode vir estar a favor dos que realmente precisam “o povo”.
Afinal, o que seria de nós brasileiros se caminhássemos para o século XXI, governados pelos ditadores militares ou até mesmo pela Monarquia Portuguesa? Formas estas de governo destituídas pela oposição popular. Gostaria então de lembrar que mesmo um governo considerado estável como o de JK não ficou imune aos atos de rivalidade e desacordo dos que não acreditavam em sua política, “Planos de Metas”. Pois os artigos publicados pelo jornal “Tribuna da Imprensa, de Carlos Lacerda, e o semanário Maquis, onde escreviam ilustres udenistas como Aliomar Baleeiro, Prudente de Morais Neto entre outros” nos fazem refletir a importância que tem o papel da oposição em qualquer forma de governo seja ele estável ou não.
Oposição neste caso não se descreve como uma atitude insana de um grupo rebelde, que investe horas a fio dizendo continuamente não a tudo, mas como uma maneira coesa de discutir e rever os fatos estabelecidos ou que virão a se estabelecer dentro de uma visão diferente.
Não quero com este artigo desvendar o mar de lama que pode existir ou não dentro desta passividade política que vivenciamos, mas questionarmos na medida do possível quem realmente deve fazer o papel de crítico do poder público instituído. Pois opor-se a algo é vivermos em permanente conflito, produzindo dúvidas, certezas... sempre questionáveis.

Um comentário:

  1. Eu creio que o governo JK foi um dos que mais nos entregou ás mãos dos estrageiros, empresas e instituições, como bancos e afins. Não é só a estabilidade por inação de uma oposição de verdade, é também pq muita gente se favoreceu pelas obras inúmeras da época, como hoje em dia. A semelhança populista da política não é mera conhecidência, é a continuidade de uma forma de governar que alguns pensam que foi instituída agora... Esta cartilha vem de longe, e hoje o que se faz é repetir as lições.

    Eu não acredito em conhecidências, ainda mais as históricas. Tudo que é semelhnate tem a mesma raíz, e conta a história quem ganha com isso!

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