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quinta-feira, 9 de junho de 2011

Os filhos da sociedade convencional... Abandonados e calados pelo preconceito.

Mãe, eu sou homossexual, uma frase simples rompe os laços de um amor incondicional que atravessaria a eternidade. Como um punhal afiado estas palavras atravessam corações. Sem preconceito algum, afinal, é assim que a sociedade vem se posicionando durante milhares de anos, visto que situações como esta só ocorrem na casa vizinho. Arrebatados pela violência dos fatos ditos e sem que nada mais os identifiquem, o amor quebrado leva pais e filhos a uma violência irracional. Expulsos de seus lares ou sem opção, estes jovens agora “marginalizados” se refugiam em guetos, moradias clandestinas, instituições e de favor na casa de amigos... A mercê de sua própria sorte e sacrificados pela hipocrisia da convencionalidade humana, que é incapaz de se fazer verdadeira em suas atitudes, pois a mesma se camufla em padrões de valores éticos e morais, incapazes de justificar a insanidade acometida contra seus cidadãos. Diante deste triste fato, precisamos refletir nos tornando o que realmente devemos ser: “humanos e humanizados”, diferenciados apenas pela fisiologia sexual que nos separa entre homens e mulheres. Porém esta característica dos seres vivos racionais e irracionais não pode carregar sobre si a responsabilidade de determinar o sentimento que nos conduzira a “felicidade”. Certificados sexualmente como cidadãos, não podemos admitir a formulação, reformulação ou a especificação da legislação, que se apega a detalhes para camuflar direitos garantidos a homens e mulheres como se assim eles não o fossem, apenas por terem optado amar seus iguais. O mundo precisa rever seus conceitos, é inadmissível estampar nas entrelinhas do viver em sociedade que é de certa forma mais “conveniente ou mais fácil” aceitar um cidadão que infringiu a lei do que um homossexual, pois as penitenciarias e delegacias estão sempre cheias de “mães”... Afinal, não consta no código ou na legislação especificidades segundo as opções feitas por estes cidadãos fora da lei, conforme sua classificação sexual. Lembrando também que nosso sistema prisional não atende esta população em presídios próprios para homossexuais. Por quanto tempo ainda sufocaremos no mar do preconceito velado ou estampado sobre lâmpadas florescentes de atos homofônicos, que conduzem estes cidadãos a calar-se em nome de seus filhos ou pais, presos aos valores éticos e morais, que se banalizam no modismo de uma divulgação oportunista dos que vivem de fatos e atos imediatos. Sucumbimos em anos de história, maridos e esposas na solidão dos encontros clandestinos, o viver de um sentimento proibido por uma sociedade hipócrita e preconceituosa que aprecia e aplaude a hetero/homossexualidade de um sentimento escondido, porém imposto pela “ignorância” que obriga seus cidadãos a camuflar-se em matrimônio infeliz...

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