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terça-feira, 5 de junho de 2012

1 - Perseu e os princípios de Athena...


Perseu acordou cedo, parado em frente do espelho criou uma janela no tempo, onde mergulhando em sua própria imagem é levado até o templo de Athena castigada por Zeus ao descobrir que havia provado a essência de Cupido permitida apenas mortais. Obrigada por Zeus, ela tem que purificar-se.
Mergulhada em suas lágrimas, arranca de si a dor de ter que abandonar os sentimentos humanos, pois como manipuladores de todas as ações, eles não podiam fazer parte do seu viver divino.
Como a sabedoria de Athena era importante para os Deuses, eles concedem a ela, antes do fim de sua purificação, um último momento.
Encantada com o reflexo da imagem de Perseu repousando em seu colo, balançando suavemente nos movimentos das ondas criadas pela brisa, Atena fica divida e perde a razão, experimenta a paixão de estar viva.
Durante algumas semanas ficam juntos descobrindo-se, Perseu revela a ela, que como mortal, seria o responsável por trocar o “sal” que amargava seus pensamentos, afinal, ela não podia se deixar levar por sentimentos humanos. Era filha da cabeça armada de Zeus.
Agradecida por tamanha gentileza e por jamais ser capaz de ferir seus princípios o “corpo imaculado”, deu lhe o único bem que estava ao seu alcance e que a divindade lhe proibia, o coração cheio de “amor”. Sem pensar no que causaria ao seu corpo sagrado, Athena crava a mão no peito e arranca o coração, pois acreditava que Perseu sabia o que fazer, livrando-a para sempre do desejo humano. Pulsando e envolto pelo melhor sentimento que já viveu, mesmo sabendo não ser permitida, ela provou! E saberia ali em sua atitude o que significaria a reprovação de Zeus...
Perseu, indignado com atitude desesperada da divindade olhou a com reprovação e proferiu palavras rudes e agressivas.
Isto era só uma paixão que passou!
Suas palavras ocultaram o passado de Athena que julgada por ele não teve como se defender, seu coração foi jogado por Perseu na terra do esquecimento. Ao sair, deixou que o vento resfriasse sua alma, impondo a ela o fim das lembranças do amor que lhe fez tão bem.
Athena abre seus olhos e não consegue ver Perseu que atravessou a janela do tempo criada ao mergulhar em sua imagem. A fenda que causou na alma de Athena ficaria ali, vista por todos menos por ela.
Perseu tirou de Athena o que não lhe pertencia, afina, era dela a decisão de ficar ou não com seus sentimentos. E foi o amargo gosto que ficou em seus lábios que transformou em Guerreira e nem Ares lhe fazia páreo...
Afrodite sem entender o gesto pérfido de Perseu que não percebeu que Athena gentilmente lhe agradecia o sabor suave que lhe tocou os lábios, suas lágrimas doces, pois estava livre do sentimento que lhe colocou dentro da condição humana o “amor”´, porém sua tristeza por ter ferido o único ser gentil que sua pouca existência humana conheceu, atravessam as portas do tempo expondo sua angustia aos Deuses.
Afrodite magoada com os atos de Perseu fragmenta a alma de Athena escrevendo em cada pedaço “Perdão”, e manda entregar a Perseu. Ares leva à encomenda satisfeito à vida começava a virar o jogo.
... Neste breve encontro de divindades, as palavras falam por si só. Perseu nunca entendeu o omar divino e humano, pois temia o que não sabia.

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