Total de visualizações de página

terça-feira, 5 de junho de 2012

3 - Perseu e a recusa dos deuses...


Quando a divindade parte, Perseu fica com o pedido de perdão repetido por ela, ecoando em seu ouvido e atormentando suas lembranças.
Athena tornara-se fria e insensível por sua culpa, ele era mais um a não entender o sentimento humano que a fez tão frágil.
A essência do Cupido lhe foi concedida em um momento muito difícil,  Perseu lhe invade os sonhos, deixando em suas lembranças os desejos da mortalidade, e foi está invasão que passou a ferir a divindade em seu bem maior “suas verdades”. O que enxergava com os olhos de Perseu, lhe cousou uma inveja incontrolável.
Combatida por todos os deuses a inveja surgiu quando Hades obriga Zeus a dividir seus reinos, e as lembranças deste conflito desolador passou a ser companheira de Athena que desafiada por Ares um sagas guerreiro, não deixa ela perceber que tudo não passava de uma cilada do amor não correspondido. Enquanto tomava as lágrimas do Cupido,sentindo os desafios do amor humano de Perseu o último viajante de seus sonhos, ele a denunciou para Zeus, pois não lhe perdoou, por ter recusado seu amor.
Ares, senhor das guerras, alimentando-se da ira prova um sentimento que o coloca diante dos mortais como igual, refletindo em sua existência o que o tornava humano: as dores intensas, os amores avassaladores, viris e absolutos, onde homens e mulheres se desejam insanamente devorados pela paixão do prazer de estarem juntos.
Afrodite perturbada por tudo que vê não consegue acreditar que Athena diante de tanta sabedoria, deixava a imagem profana de um simples semideus lhe ferir a alma.
Perseu implora a Afrodite que convença Athena a acompanhá-lo na busca do seu coração e alma, precisava libertar-se, tinha sido mal compreendido. Ele nunca faria aquilo se soubesse que ela estava sob o efeito das lágrimas do Cupido, pois o amor fora duro demais em sua vida e sabia de sua culpa e não queria vê-la dentro da solidão que o acompanhava. Perseu repetiu a ela só o que sentia; para ele a paixão dela era um sentimento simples que passou.
Afrodite compreende sua angustia, mas conhece Athena, ela não o ajudará. A liberdade que vivia do sentimento humano era preciosa demais para nova vida que escolheu o sabor das inúmeras batalhas vencidas por ela, e mesmo ver nos olhos de Perseu a dor do arrependimento lhe enchia o vazio deixado por sua alma. Afrodite nega o pedido de Perseu e pede que ele desista. Vá embora e não volte mais ao Olimpo.
Mesmo Afrodite mostrando a dureza de Athena, ele volta para terra do esquecimento e novamente as Ninfas o faz lembrar e esquecer o quanto foi sublime o sentimento de Athena por ele, e a lágrima que cai dos olhos dela, ferindo-lhe o rosto, o deixa muito triste, pois nunca esperou por uma atitude tão forte.
Zeus proibido de interferir na decisão de Perseu sofre a dor de vê-lo ali nas mãos de sua própria armadilha, enquanto Atena acompanha pelas janelas do tempo o sofrimento de pai e filho, absolutamente indiferente.
Hera com sua implacável dureza não perdoa a traição de Zeus, sendo assim, ela não se afasta dele por um só segundo, pois odiava a mãe de Perseu, ela fora possuída por Zeus e o pior de tudo, deixou.
Sua filha era diferente, nunca permitiria que um simples semideus a tocasse. Os pensamentos de Hera perturbam Athena que revoltasse com tanto ódio, sua indiferença era fruto de suas escolhas e não ia permitir ser manipulada.
No templo de Ares, Athena se faz humilde e pede ajuda para resgatar Perseu, ela estava impedida de interferir na decisão dele e não poderia voltar na terra do esquecimento, já estivera lá, e as Ninfas só permitem uma única visita os deuses conforme o acordo feito com Zeus.
Diante de sua fragilidade, ele propõe a ela seu amor e com toda certeza o trará de volta. Athena olha em seus olhos e lhe profere uma única palavra. Nunca!
Seu ódio transforma sua face e sem pensar novamente entra na terra do esquecimento, colocando-se a disposição das Ninfas que afastará no tempo dos deuses Perseu e Atena.
Neste encontro das divindades, as armadilhas prendem os deuses as suas vontades e os semideuses procuram explicação para o que não compreendem.

Nenhum comentário:

Postar um comentário