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quarta-feira, 13 de junho de 2012

5 - Perseu e as relíquias de Athena...


A dualidade de Hérmia demonstrara aos deuses e semideuses que os sentimentos destroem o que pode haver de melhor em cada ser que se submete ou não a ele.
Protegidos no Olimpo os quatro buscam se reestabelecerem dos momentos vividos a mercê das Ninfas, que agora travam uma guerra particular com Hérmia que por se deixar comover-se por Afrodite, libertou todos. 
-Suas ações a colocam como uma mortal e não podemos nos deixar comandar por uma Ninfa que não nos protege.
Efidríades é implacável em suas palavras e ações, pois clama a Zeus que a destrua por ter tomado uma atitude contra os princípios estabelecidos por ele.
Diante de Zeus Hérmia se vê outra vez a disposição de sua ira, seus olhos expressam o pavor do momento vivido, porém ele se lembra do que ela havia dito a Hercules quanto a ter protegido Cupido e para não se fazer fraco diante das Ninfas ele a transforma uma linda flor de lótus.
Com o coração de Athena nas mãos, ele e deixa claro outra vez que jamais será piedoso com quem quer que seja.
Porém, Efidríades devolve a ele sua ira, exigindo que Hercules seja devolvido a ela, pois o amor que ele carregava envenenaram suas lágrimas e por este motivo o amava loucamente e o odiava por fazê-la vítima de tal sentimento.
Zeus olha para Efidríades e a reduz a condição humana, colocando-a próxima a Hercules para que sinta que nada pode matar o que ele sente por Afrodite.
 Athena desperta de sua viagem e vê o pai ao seu lado e um lindo diamante em suas mãos, sem perguntar nada o deixa ali. Athena olha fixamente para seu próprio coração e revive a maior angustia de sua existência humana, o amor de Perseu: que lateja, embrulha o estômago, angustia, deprime e a faz tão frágil, pois a cólera da incompreensão de Perseu retira da alma perdida de Athena um grito esmagador. O sofrimento do amor não entendido obriga Hades a devolver o presente que lhe fora dado em um instante de agonia.
Athena chama Afrodite e clama a divindade que afaste sua alma e seu coração, ela precisa retomar a vida que escolheu guerrear e manter-se imaculada, e isto seria impossível se fosse novamente invadida pela essência de cupido, que em ebulição mantinha vivo o seu coração.
Afrodite toca o rosto da divindade, e suplica a ela que não faça o que ela havia feito, porém se esta era sua escolha lhe ajudaria, sem dar outra chance a Athena, ela levanta sua espada e fragmenta a alma abrindo uma fenda em seu coração que deixa correr as lágrimas do Cupido a qual toma até a última gota.
Livre de seu amor divino, Afrodite pega os pedaços da alma e o coração morto de Athena que com profundas cicatrizes refletem a palavra perdão e o entrega a Perseu. A dor estampada no ar que envolve a divindade mostra a ele, que novamente ela preferiu os seus princípios.
Perseu, agora, saberá o que fazer com as relíquias em suas mãos, pois deveria respeitar as vontades da divindade, com a dor do arrependimento por não saber compreender que todo sentimento descrito a ele era apenas uma junção de: ilusões, desejos imagináveis, calor de abraços e beijos impossíveis, porém acima de tudo sentimentos simplesmente sentimentos.
Ele recompõe a alma despedaçada da divindade e a funde em seu corpo semi-humano, pois não haveria lugar melhor para guardar o amor recusado pela divindade que amou loucamente um semideus e verteu por ele a última lágrima do mais sublime amor não realizado, que já se ouviu falar...
E novamente neste encontro entre as divindades, os sentimentos matam os amores impossíveis dos deuses, enquanto os semideuses vivem a incompreensão de não saber viver e sentir o amor.

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