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quinta-feira, 21 de julho de 2011
Um Leão na Fazenda e uma Tartaruga na Justiça.
A caminho do zoológico de São Paulo, programa favorito das crianças. Com medo de sair do caminho dei de “cara” ao grande marcador de “impostos” imposto aos cidadãos.
Olhei espantada para o imenso cronômetro que ultrapassava o limite de velocidade permitida aos grandes corredores de Formula I... Tapei as narinas dos meninos e a minha, pois respirar tornou-se caro demais.
Antes de passarmos “desta pra melhor”, deixei as crianças respirarem um pouquinho. -Só um pouquinho tá meninos! O rádio terminava uma música em seguida ouvi as noticias: -“André Luiz de Almeida Mendonça, diretor do Departamento de Patrimônio e Probidade da Advocacia Geral da União, afirma sem dúvida que cerca de 60 e 70% (dos desvios) das verbas públicas se referem à Educação e Saúde...” –“Barbeiro”! Comprou a carta onde? - Ufa! -Ainda bem que não foi nada, meu convênio está vencido.
Neste momento estressante o trânsito dividia comigo sua loucura e o Leão do imposto continuou nos tirando o fôlego. Parado cinco minutos enfrente ao cronômetro, vi Schumacher, Ayrton Senna, Rubinho Barrichello. -Opa! Errei a lista! Serem deixados para trás. -Bicho esperto pensei cá comigo! Ele não perdoa!
A locutora continuou a entrevista com uma boa notícia: “Mendonça, diz ter recuperado 8% dos valores questionados do desvio famoso “o caso Lalau”, do ex-senador Luiz Estevão(PMDB-DF). Mas como alegria em casa de pobre “dura pouco” ela fez questão de enfatizar que isto era parte do dinheiro, 54.9 milhões... -Se isto é parte do dinheiro. Imagina o rombo! O buraco da camada de ozônio é só um furinho!
Levantei o volume do rádio, pois os meninos não paravam de pedir. -Nossa! -Criança acha que somos banco! A notícia continua: “ Mendonça reconhece que falta muito para ser recuperado e defende uma justiça mais rápida, pois somadas todas as etapas de apuração desde a detecção de irregularidades pelos órgãos de controle e o término do processo pode levar cerca de 17 anos”.
Despercebida paro na faixa de pedestre. -Droga! -O guarda do meu lado.
Com um sorriso amarelo faço cara de culpada e peço desculpas... Afinal a justiça é lerda! Mas não é cega.
Sendo assim, o Ministério da Justiça adverte: pode demorar, mais o furinho vai ser tampado e a vida útil de uma Tartaruga é de cento e cinqüenta anos...
Mas a qualidade de vida do brasileiro se não pararem o cronômetro... Barrichello! Barrichello!...
sexta-feira, 15 de julho de 2011
Senador... A escola pública não é o cantinho do pensamento.
A Escola Pública não é o cantinho do pensamento, mas é vista assim pelo Senador Cristovam Buarque(PDT-DF), autor do Projeto Lei 480/07, que obriga o filho do político estudar na Escola Pública.
Sendo assim, convido os cidadãos, bem como os profissionais responsáveis pela educação deste país, a fazermos uma reflexão.
Até quando suportaremos estas medidas ofensivas e demagógicas, bem como a camuflagem dos reais problemas do Sistema Educacional? Tais como: super lotação das salas, jornada excessiva de trabalho, baixos salários, escolas sucateadas...
De boa vontade Senador, o inferno esta cheio, e que me perdoe o “Diabo”, ainda tem muita coisa para chegar...
Será impossível a ele e a nós, pensarmos que os problemas da educação vão além dos alunos destinados a ela?
Como? Quando? E onde, o filho do político pode ser a salvação do Sistema Educacional? Ele está mais propício com a aprovação deste Projeto, a ser utilizado como álibi para o desvio da Verba Pública, do que como herói do Sistema Educacional.
Além da Constituição Federal (artigo 5º “Direito a igualdade...” e 209 “Oferta de Ensino Particular...”), inquieta-me saber que um Senador, mesmo em um ato de devaneio oportunista, não saiba que o Estatuto da Criança e do Adolescente proíbe colocar crianças em situação constrangedora.
Analisem comigo: Este Projeto faz mesmo o que?
Não podemos admitir filho de político não é chicote, portanto, eles não podem ser utilizados como ferramenta de correção, são crianças e como tais devem ser respeitadas.
Com quase vinte anos de profissão já vivi aberrações estapafúrdias, entre elas: “Progressão Continuada” está é imbatível, Tiririca como membro da Comissão de Educação, hilariante. Ah! Quem tem mesmo que ir a escola?
O que percebo nesta longa jornada profissional é o desrespeito a dignidade humana, por uma legião de políticos de carteirinha, covardes e oportunistas que não abrem mão de seus privilégios. Quer realmente um Projeto bom? Que tal este? Projeto lei 481/11 “Redução de 10% do salário e dos benefícios de todos os políticos ativos e aposentados após o seu segundo mandato de todas as autarquias Federais, Estaduais e Municipais”. Dos três poderes! Recurso este destinado diretamente para educação.
Fique à-vontade Senador! Este pode, deve e é todo seu! ...
Precisamos acreditar e mudar com a bela frase do maravilhoso Nelson Mandela “A educação é a arma que pode mudar o Mundo”.
E está arma esta nas mãos de quem?
terça-feira, 12 de julho de 2011
"Buraco...Por que caímos nele?"
Foi na madrugada mais fria de junho que me vi congelada e quase não consegui acreditar que habitávamos um país tropical, abençoado por Deus, como afirmava o nobre cantor.
Com os ossos a tilintar acordei, foi quando percebi que estava presa nas paredes de um gigantesco buraco econômico que me roubava o sono e a paz.
Apavorada quis sair, porém não havia uma única e gentil possibilidade que me viesse à cabeça.
A inércia de minhas atitudes me reportou aos fatos, supostamente ignorados e relatados a mim por mim mesma.
Economicamente despia-me os juros do cartão de credito, que como visgo alimentava a centopéia desta louca metamorfose que sofri.
-Bem! Afinal nem tudo está perdido, pensei cá comigo! Agora não me faltava pés para tantos de sapatos.
Na trajetória do caminho rumo à saída, deparei-me com os encargos do cheque especial, e lá estava eu, uma tarântula enorme e peluda, que passou a fazer jus ao punhado de óculos de sol.
Com uma “bíblia”, apelidinho genial dado ao carnê do carro debaixo das patas segui meu percurso.
Afinal já estava enredada na cilada do compre um e pague dois e não havia como escapar dos seis longos anos impressos nas escrituras, não sagradas, mas financeiras.
Sem opção fui de encontro à bola de neve agora como um grande urso branco e sem perder as forças, empurrava com a barriga mais um empréstimo, que desta vez pagaria outro empréstimo, que já devia antes de fazer este empréstimo.
Meu corpo passou rapidamente por mais uma inesquecível transformação, desta vez escorregava parede abaixo como uma lesma visguenta em fuga devia, e não negava. O agiota tinha que esperar! Não havia como negar! “Ele foi tão bonzinho”! Facilitou-me a aquisição de centésimo vestido de festa, sabe aquele que só usamos uma vez? Unicamente seu? Desde que façamos um genocídio à famosa torcida do timão.
Consumista! Eu? De forma alguma, onde estávamos mesmo? Ah! No fundo do buraco dando só uma olhadinha na liquidação de verão. “Uma galinha morta”...
Sendo assim, o Ministério da Fazenda e Zoonose adverte: o consumo desnecessário liberta os bichos que há em você.
quarta-feira, 6 de julho de 2011
Meu “ex-marido” e o “pai” dos meus filhos, quem são eles?
...Eles estão dentro do mesmo corpo, mas representam seres diferentes...
Compartilhando uma história difícil, porém necessária nos tempos atuais, pois a mesma é um dos problemas enfrentados pelos profissionais da educação em seu cotidiano, vou novamente convidar aquele espetacular personagem, “o belo Joãozinho” dos velhos contos e fábulas infantis para refletirmos sobre os dois homens que habitam um ser muito especial. Joãozinho acorda e ouve sua mãe falando ao telefone com sua avó...
- Aquele imprestável, arrumou outra e nos deixou, foi embora mamãe...
Apossada por um repertório assustador de palavrões, jamais ouvido por ele e seus irmãos, o pequeno infante assusta-se e vê o mostro do Lago, o Bicho Papão, o Velho do Saco... Colocando-lhe nos braços com uma boca arregalada repleta de dentes afiados dizendo:
- Fala! Papai. Fala filhinho! Papai...
Com os olhos cheios de lágrimas sua mãe o chama e comunica o abandono e não poupa esforços em destruir e caracterizar da mais vil maneira o ser que dividiu seu quarto por longos e inexplicáveis anos. Afinal dormir com o Bicho Papão não era nada agradável, pensou o pobre Joãozinho. Ao chegar à escola sentou-se cabisbaixo e não pensou duas vezes, mostrou sua revolta com o novo pai que lhe fora apresentado pela mãe em seu momento de fúria. Com o comportamento super diferente do habitual, porém esperado em uma situação, como a que estava vivendo. Diante deste novo cenário a escola passa a moldar-se aos atropelos do cotidiano familiar do pequeno Joãozinho, que assistirá por longos anos o litígio de um grande amor rompido.
Passeando com o Bicho Papão no shopping, o pobre Joãozinho encontra seu colega de escola que também passeava com o Velho do Saco, no meio de Príncipes e Princesas neste conturbado conto da sociedade antiga e atual.
É preciso então refletir: O “pai” do seu filho é realmente seu “ex-marido”? Será que ao jogarmos em nossos filhos os desgostos de um casamento que não deu certo é certo? O que isto pode causar na vida de nossas pequenas jóias? A sociedade “matrimonial” precisa entender, pais e filhos trazem consigo um amor incondicional e compete a eles julgar o que realmente somos em suas vidas. Sendo assim, feche as portas do dolorido espetáculo, “o fim do casamento”, e lembre-se “Príncipes e Princesas” não viram monstros “estão” e por nossos filhos temos que mudar.
Compartilhando uma história difícil, porém necessária nos tempos atuais, pois a mesma é um dos problemas enfrentados pelos profissionais da educação em seu cotidiano, vou novamente convidar aquele espetacular personagem, “o belo Joãozinho” dos velhos contos e fábulas infantis para refletirmos sobre os dois homens que habitam um ser muito especial. Joãozinho acorda e ouve sua mãe falando ao telefone com sua avó...
- Aquele imprestável, arrumou outra e nos deixou, foi embora mamãe...
Apossada por um repertório assustador de palavrões, jamais ouvido por ele e seus irmãos, o pequeno infante assusta-se e vê o mostro do Lago, o Bicho Papão, o Velho do Saco... Colocando-lhe nos braços com uma boca arregalada repleta de dentes afiados dizendo:
- Fala! Papai. Fala filhinho! Papai...
Com os olhos cheios de lágrimas sua mãe o chama e comunica o abandono e não poupa esforços em destruir e caracterizar da mais vil maneira o ser que dividiu seu quarto por longos e inexplicáveis anos. Afinal dormir com o Bicho Papão não era nada agradável, pensou o pobre Joãozinho. Ao chegar à escola sentou-se cabisbaixo e não pensou duas vezes, mostrou sua revolta com o novo pai que lhe fora apresentado pela mãe em seu momento de fúria. Com o comportamento super diferente do habitual, porém esperado em uma situação, como a que estava vivendo. Diante deste novo cenário a escola passa a moldar-se aos atropelos do cotidiano familiar do pequeno Joãozinho, que assistirá por longos anos o litígio de um grande amor rompido.
Passeando com o Bicho Papão no shopping, o pobre Joãozinho encontra seu colega de escola que também passeava com o Velho do Saco, no meio de Príncipes e Princesas neste conturbado conto da sociedade antiga e atual.
É preciso então refletir: O “pai” do seu filho é realmente seu “ex-marido”? Será que ao jogarmos em nossos filhos os desgostos de um casamento que não deu certo é certo? O que isto pode causar na vida de nossas pequenas jóias? A sociedade “matrimonial” precisa entender, pais e filhos trazem consigo um amor incondicional e compete a eles julgar o que realmente somos em suas vidas. Sendo assim, feche as portas do dolorido espetáculo, “o fim do casamento”, e lembre-se “Príncipes e Princesas” não viram monstros “estão” e por nossos filhos temos que mudar.
terça-feira, 5 de julho de 2011
Passou! Mas não vai passar em branco...
Retire as flores secas do vaso e prepare um bom jantar, estou indo ao salão.
Estas foram às últimas ordens da patroa... As pétalas de rosas cobriam a entrada da casa, os sais derretiam na banheira e as crianças dormiram mais cedo...
Sentada no sofá, em sua longa e habitual espera o tempo lhe abre as gavetas da memória e os anos de esquecimento do famoso aniversário de casamento lhe devolvem as loucas e tristes desculpas do marido:
-Meu chefe foi atropelado e seu presente ficou no balcão da recepção do hospital.
-Deus! Deixei seu presente no taxi.
-Cadê? Chegou? Não acredito que a transportadora não entregou.
-Dona Vilma! Está despedida! Hoje é o aniversário do casamento da minha mulher.
-Onde está às flores e a jóia?
Carregando o estepe e sujo de graxa retirada de onde não há, ele exibe um problema mecânico do carro zero, com um mês de uso.
- Fui seqüestrado e dei seu presente para salvar minha pobre vida amor.
Com todas as gavetas abertas e as lembranças cobrindo seus pensamentos, ela levanta do sofá, toma um belo gole do espumante importado.
-Julioooo! O berro atravessa a copa e o coloca em segundos a sua frente.
-Retire o carro da garagem, vou sair.
Meia hora depois o marido chega com um maravilhoso ramalhete de flores na mão e um lindo solitário.
Vê a mesa posta e um bilhete sobre o prato de sua amada.
Querido, seu Rolex que comprei em nosso primeiro ano de casamento, está a sua espera e ira jantar com você.
Desculpe! Tive que socorrer o “gato” da vizinha, este ano nosso aniversário de casamento não vai passar em branco...
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