Nada me fará esquecer o dia em que perdi minha alma,
pois o caráter dos homens que me fora ensinado por minha mãe está na presteza
da capacidade de se fazer solidário.
Porque diante das palavras sagradas “Ama ao teu
próximo como a ti mesmo”... Dita por
nosso “salvador” o impossível é possível, se as tivermos dentro de nós por amor.
Agora diante desta máquina perfeita o “homem”,
devora-me a angustia da certeza de estar junto aos que concretizam a lei da física:
“Dois corpos não ocupam o mesmo lugar”.
E isto se faz claro na incapacidade estampada de não ver
na “solidariedade” ou outro... Que a lei nos permite repensá-la!... E não
acontece, nem no abstrato ato de pensar.
E quando diante dos que gritam sozinhos, lamentavelmente
optamos covardemente a nos adequarmos ao simplório medo de ousar. Porque somos
possuídos pela contagiante ação dantesca do “Cada um por si e Deus por todos”.
Perdemos!... A
grande oportunidade de nos fazermos humanos e humanizados na consolidação de
uma sociedade real equitativa, que deixou de navegar em barquinhos de papéis para
não ser sucumbida por ações corruptas que nos tornam o que somos, “vulneráveis”.
Já que o presente na casa do vizinho está contido pelo
muro que nos divide e nos acomoda.
E é no confortável fio da navalha em que anda este
país esquecido não por Deus, mas pelos homens: Que cegos não vêem que a vida é uma
troca constante entre ser e estar...
Surdos fingem que não ouvem, pois incapazes de se
fazer verdadeiros na grandiosa razão contida no ato solidário de se colocar no
lugar do outro...
Mudos se amparam na ignorância do apego ao silêncio,
pois ele protegerá vorazmente o que é material... E isto mata! E a munição
desta arma se carrega na conivência dos
seus propósitos.
Inerte a tudo e a todos, reserva a si o mesmo futuro
dos que olham hoje, no lugar que se recusou estar agora...
Porém para não morrer! ... Apego-me à esperança de ver
um dia os navegantes de seu próprio umbigo: Retirarem as vendas!... Abrirem
seus ouvidos!... Soltarem suas línguas!... E descobrirem novos mares mesmo que
turbulentos, porque a vida se transforma dentro do futuro de cada segundo que o
trouxe a nós... E que já passou...
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