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quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Família uma instituição na U.T.I. ...


Durante um longo tempo de minha vida, não entendi os motivos pelos quais minha mãe ignorava e ocultava os assuntos referentes à imagem de meu progenitor. Triste! Sim! 
Eu sei, mas não havia outra forma de nos proteger de alguém tão ausente no curto tempo em que esteve presente em nossas vidas. 
O álcool afogou tudo o que ele sentia por nós. 
Embora hoje eu concorde com ela, administrar a ausência foi bem mais fácil que a presença porca que vivemos nos dias atuais...
Acompanhada pelo tempo em que ele se fez  ausente em minha trajetória de vida,  à história se repete como uma sina a ser digerida na sociedade moderna difundida no cotidiano deste país. 
Onde homens e mulheres se guardam, por não estar com guarda, do amor que não a guarda, mas apenas se vive intensamente independente de quem os guardam.
A reformulação geral  das famílias nos trouxe uma figura paterna e materna intrigante: os pais dos finais de semana, os quinzenais, os viajantes, os internautas, os presentes, porém, ausentes em ações amparadas pelas lojinhas de 1,99 e o  maldito Fast food, os permissivos, os que desapareceram e ressurgiram anos depois em um espetáculo de televisão... 

Como se a vida pudesse ser congelada, e seus protagonistas não refletissem as cicatrizes do abandono.
Nesta explosão de acontecimentos sustentada na grande armadilha do destino, o fim do sentimento entre os casais que passam a mergulhar nesta guerra insana sem dia e hora para acabar, pois se apegam ao valor financeiro, enquanto barganha o melhor sentimento humano o amor entre pais e filhos.

Como especialista em Educação Infantil e mãe, eu lhes pergunto? 
Mesmo sabendo o quanto é  difícil responder. – Será que não ouvimos ou fingimos não ouvir os gritos aflitos destes seres em transformação nossas crianças que clamam pelo único sentimento que as colocou entre nós  o amor incondicional.   
E este amor que nos uniu a elas deve estar acima de tudo sempre e por mais humano que sejamos.  Acredite! Este sentimento é a chave para um lugar muito além da nossa razão. Porque  “nada é por acaso”...   

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