Diante das verdades divinas de João Batista o mundo
aguardou a chegada do Salvador, que “politicamente” transformaria a condição
humana em todos os seus aspectos.
Suas parábolas e provérbios construiu nos seus vindouros
um poder supremo e absoluto, dito e escrito em nome dele, porém ao mesmo tempo éramos
“possuídos” pelas verdades de tê-lo como líder religioso, que compôs com seu
nascimento uma nova era cronológica.
Divido e multiplicado, seu sofrimento transformou-se em
relíquias que seriam vendidas a preço cambial da época, pago com moeda corrente,
sangue, suor e lágrimas, onde a garantia era a salvação do invisível, a “alma”.
Apossados pelo desconhecido, pagou-se o que podia e o que não podia para
alcançar a salvação eterna no sabor suave do não saber, “do onde viemos e para
onde iremos”, dentro da calorosa certeza imutável a morte.
Inquestionável Renovador dividiu o mundo em ciência e
fé, enquanto ainda se pagava um valioso preço pelo desconhecido, variando-se
apenas o produto ofertado.
E o poder político em nome de Deus nos permitiu a construção
de lideres de todas as formas, tendo como pano de fundo a simples e violenta discórdia
humana. Lutero líder religioso proporcionou aos seus seguidores o conhecimento
do verbo oculto escrito em nome do Salvador, porém sua ação fragmenta a
supremacia religiosa dos católicos.
Estávamos agora envolvidos pela contra reforma, pois a
liberdade humana passa a nos permitir dividir o “bolo fecal” construído pelos
homens em nome do “Pai, do Filho e do Espírito Santo” em ações descritas por Lutero
como a venda repugnante das indulgencias plenárias rumo à salvação do
desconhecido até a presente data.
E novamente me vejo diante de perguntas às quais
regurgito todos os dias.
Vale a pena continuar pagando o preço estabelecido
pelos novos lideres políticos religiosos disfarçados pelo poder “político e
divino de Deus”?
A divisão das
esferas governamentais em Protestantes e Católicos consolida “Jesus Cristo”
como um líder político ou religioso?
Como adeptos
perdemos as nossas vontades, tendo que fazer o que está estabelecido pela “comunhão
com Deus, a igreja”, obedecendo aos acordos dos padres, pastores, anciões e
etc., fechados nos bastidores da podridão política que apenas nos permite poucas
e inexistentes ressalvas?
Quem somos nós afinal dentro deste jogo de corruptos e
corrompidos que pulverizaram a ação “laica” que nos pertencia?
A vontade de Deus se confirma, no confirma da urna
eletrônica, elegendo os profetas profanos do código 229 da Lei Eleitoral, que
se faz de cega camuflada nas interpretações, onde a vontade do povo não é
respeitada, levando-os ao descrédito pela morosidade que não pertence à Lei,
mas aos que se recusam a vê-la valer?
E como votar certo num país onde bandidos de colarinho
branco se apossam da fé e das mazelas humanas para manterem-se como salvadores
da Pátria, dos que perderam a mesma pela desigualdade social e por nela não se
ver?
E é neste turbilhão de acontecimentos que nos
colocamos dentro de um ciclone, tentando salvar um gato, diga-se morto, quando
nos abdicamos de fato nos recusando a dizer: Não votaremos mais em políticos
corruptos que trazem seus rostos estampados na mídia salvaguardados pelas
palavras “todos são inocentes até que se prove o contrário”. Políticos não. Todos
são culpados até que se provem inocentes.
Seu voto muda o mundo, lembre-se, você está só diante
da maior arma que pertence a você. Vote certo! Vote consciente!