Total de visualizações de página

sexta-feira, 18 de março de 2011

Analfabetos, não podem ser apenas exceções...

E como elas, eles estão em todos os lugares... No país do Futebol e Penta Campeão contamos com milhares de talentos nesta modalidade, sendo assim, deveríamos ter em cada time de futebol um Ronaldo Fenômeno, Robinho, Kaká, Romário e porque não bater um bolão tendo o inquestionável Pelé. Simples, “exceções são assim”, quando acontecem tornam-se o magnífico prêmio da Mega Sena. Nossa imensa vontade de nos tornarmos “um em um milhão” nos condiciona ou nos afasta da realidade crucial de nosso cotidiano educacional e da verdadeira face da exceção, que escolhe aleatoriamente o seu contemplado. O Brasil têm atualmente cerca de 16 milhões de analfabetos e metade deste número está concentrado em menos de 10% dos municípios, é o que mostra uma pesquisa divulgada pelo Ministério da Educação (MEC). Segundo o “Mapa do Analfabetismo” há cerca de 16, 295 milhões de pessoas incapazes de ler e escrever pelo menos um bilhete simples, e quando acrescentamos o "analfabeto funcional”, pessoas com menos de quatro séries de estudo concluídas, o número salta para 33 milhões.” E a Comissão de Educação? Continua bem obrigada, composta e representada pela exceção desta massa gigantesca de analfabetos. Novamente me vejo na obrigação de questionar: - Porque os programas de erradicação do analfabetismo como: “O Brasil Alfabetizado” de Luiz Inácio Lula da Silva e o programa de “Alfabetização Solidária” de Fernando Henrique Cardoso frustraram as expectativas de ambos e dos cidadãos analfabetos? Agora não é simples assim, exceções diante do cenário acima deixariam de contemplar novamente os excluídos do sistema educacional, usurpando mais uma vez dos mesmos o direito a educação, de quem a perdeu em algum momento na vida, por questões sociais ou econômicas. E na velocidade em que caminha e evolução tecnológica, admitir ou mergulhar no “ostracismo do não é problema meu”. Com certeza impedirá ação coletiva da sociedade letrada, ou não, em busca de explicações das esferas responsáveis pela elaboração de tais programas e dos motivos reais de sua ineficiência diante de uma situação tão grave. E para nosso espanto, os alarmantes e lamentáveis índices de analfabetismo existentes nas 24 capitais do país, concentram-se na cidade de São Paulo e Rio de Janeiro, afinal, as metrópoles com tantos recursos e condições para reverter o triste quadro, não consegue oportunizar tempo aos cidadãos analfabetos. “A cidade não pode parar”. Sendo assim mais uma pergunta fica no ar: - Como qualificar e alfabetizar seus cidadãos? A resposta será simples assim: - Moço, qual o nome daquele ônibus?

Nenhum comentário:

Postar um comentário