Resgatar
as lembranças educacionais e a vivência de nossos pais não pode ser encarado dentro
do atual contexto como saudosismo ou medo do novo em qualquer âmbito social. Pensem? - Quem nunca falou para o filho! - Menino
vai brincar! E teve como resposta. - Do
que mãe? ...
As
crianças perderam o potencial criativo que a falta da tecnologia nos facilitou
a explorar.
Solitárias,
dentro da sociedade moderna, elas ficam horas enfrente ao computador ou vídeo Game,
estas máquinas dinâmicas, que nos permite ter todos os acontecimentos do mundo
em poucos segundos diante de nossos olhos. Mas é preciso lembrar: - Isto é saudável para
elas? -A excessiva utilização da mesma não contribui para obesidade infantil e
juvenil? -A apatia e a indecisão dos nossos adolescentes podem estar
relacionadas às longas horas nas redes interativas que proporcionam o ócio
coletivo?
-O
excesso de informações, aliadas à falta de consciência bem como de uma postura
crítica, característica típica do brasileiro, pode vir a contribuir para uma
sociedade solitária e individualista?
-As
redes de interatividade potencializam a cultura do exibicionismo, assim, como
uma nova forma de expressão lingüística nas salas de “bate-papo” será que
nossas crianças e jovens têm maturidade para lidar com tudo isto?
-Limite
e consciência, quem deve ter diante dos apelos tecnológicos impostos as
crianças e aos nossos jovens em seu cotidiano?
-As
esferas educacionais públicas e os profissionais que atuam nela estão inclusos
a todo avanço tecnológico?
Neste
turbilhão de questionamento gostaria de destacar onde estão os valores que nos
fazem tanta falta? E isto é claro, ao dialogarmos com pais, avós, professores,
alunos etc. ... Que falam de uma escola e de uma sociedade que nos parece ter
passado a milhares de anos, só que estes cidadãos ainda não atingiram meio
século de vida! Dentro desta saudade
incontestável, lembram de valores imprescindíveis para o bom relacionamento da
sociedade em geral. Seus discursos são simples: -“Na minha época respeitávamos
os mais velhos”. –“Nossos professores falavam e nós os obedecíamos”. – “Quando
a diretora entrava na sala todos ficavam de pé”. - “Se nossos pais recebessem uma
reclamação da escola! Aí de nós!”...
Não
digo que devemos agir a ferro e fogo, mas alguns valores devem ser
restabelecidos com a máxima urgência, afinal; nossas crianças, jovens e a
própria sociedade se perderam na estrada que permanece com a mesma cobrança de
outrora e isto é incontestável.
Fazer
uma Universidade era um sonho quase impossível, hoje o mercado profissional e a
própria vida exige do atual trabalhador: Pós-Graduação e muitas empresas: “Mestrado”.
E a vida dentro desta violência exacerbada, um ser humano educado e paciente,
pois a violência está em todos os locais. Nossos alunos, pequenos, batem uns
nos outros por tudo e por nada, nossos jovens se amotinam em gagues para
demonstrar uma paixão o “futebol”, fechar um motorista no trânsito pode lhe
custar à vida... Mas e a vida evolui? Sim, com toda certeza, porém evoluir não
significa arrancar da humanidade a sua condição humana e transformá-la em
selvagens lutando por uma máquina que se não for bem conduzida nos levará a
ruína total e absoluta. Onde assistiremos pelo celular ou no IPOD, o que não
pode o suicídio intelectual e literal de uma geração que solitária discute o
certo e errado de um ato consumado... no facebook...
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