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quarta-feira, 3 de abril de 2013

Construir juntos, nos leva a real vitória...


             Joãozinho nasceu sozinho, como todos os meninos da cidade.  A mãe sempre o carregou em suas costas, habituado o esperar por tudo, viveu a vida dela, enquanto era poupado de suas próprias mazelas.
 Certo dia sua mãe partiu e deixou o menino sobre seus lençóis, quando acordou percebeu que estava só e por mais que esperasse ou tentasse fingir de nada saber, seu corpo o impulsionava a tomar uma atitude. A fome o tirou da cama como um ciclone arranca uma árvore lhe expondo a raiz. Suas lágrimas molharam seus pés, pois a vida não permite esperar por nada. Joãozinho provou o doce do amor materno e o inferno de viver a solidão sem ele. A saudade revelou um homem inquestionável a ele mesmo, pois não havia uma suave e aquecida costas para montar.
Surpreso com suas próprias verdades, confirmando para si que nascemos sós, mas temos por amor a nós mesmos a obrigação divina e moral de sermos companheiros e fieis aos homens. Independente de amá-los ou não! Visto que um dia todos acordaram sós.
E no grande coletivo chamado vida, todos estão apenas de passagem, e o preço desta longa ou curta viagem é o que fazemos a nós mesmos e aos que estão dentro deste coletivo.
João fechou os olhos e partiu deixando ao mundo uma nobre lição. “Não importa quem deveria ter feito. Faça! Feche os olhos e faça! Que não seja pelo outro, mas por si mesmo”. 

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