Durante algum tempo de minha vida ouvi os contos duvidosos que o amor
jamais teria fim.
Lindo se não fosse trágico! Eles
nasceram e os verões passaram.
Divididos pelo ódio comum a tudo que
acaba, porém, amarrados por um sentimento incondicional o amor por nossos
filhos.
Colados como visgo, passamos a
nos preocupar em ser o melhor e sai na vantagem quem se ampara no viver
quinzenal, enquanto os que vivem lado a lado são devorados pela desvantagem de
“uma razão que a própria razão desconhece”. Lazer e permissividade! E foi
dentro desta mentira! Que fizemos por amor o que fazemos agora por despeito,
construímos teorias forjadas de uma alienação parental, onde o parentesco real
só se desfaz com a morte.
Visto que as verdades sacramentadas
mudam, quando em ambos os lados surge do inesperado. Uma nova flor...
E o que diz a justiça diante desta
parafernália? Nada! Porque quem nos julga. É surda, cega e muda!... Onipotente,
deixa-se arrastar atrelada a acordos quebrados por mulheres e homens que
atiram pedras em gente pequena.
Mas como não fazer algo tão
escalafobético? Mesmo sendo desumanos! Quando somos desafiados a deixar
transbordar o ódio... Sendo que o deveria acontecer está estabelecido no papel.
Simples assim! Porém não fazem!
Muitos dizem abertamente com a
navalha fora da carne. Ignorar! Como se este ato angelical, retrocedesse o
tempo, amputando as feridas de um passado que não passou. E que a cada quinze
dias nos reviram as vísceras, quando tudo o que pedimos se arrebenta na
obrigação de dizer. Alô! Será que um dia o possível que se faz impossível
poderá ser feito não por ódio, mas por amor.
Pequem seus filhos! Fechem as janelas
do passado e caminhem ao seu lado como se fossem clonados. Acredite! A vida não
mais se processa através de seus progenitores.