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terça-feira, 29 de novembro de 2011

O vitalício poder governamental.


Tal pai... Por que deixar se envolver “filho”?...

Num país chamado Brasil, uma parcela da população descobriu que o poder vitalício do Rei agora com vários nomes diferentes (Presidente, Governador, Deputados e Senadores) é legitimado por uma nação de homens e mulheres que apertam um botãozinho escrito “confirma”.
Indignados com estas ações, uma parcela desses homens e mulheres se rebelam criaram a campanha “Ficha Limpa”, e para espanto e surpresa dos cidadãos deste país, esta parcela da população “os eleitos democraticamente”. - Perfeito! - Erramos, porém persistir no erro não é burrice e sim falta de consciência. Arrumaram um jeitinho brasileiro de burlar a lei e permanecer tudo igual.
Renunciam dos seus cargos mergulhados na lama da corrupção, pois apostam na memória curta do povo brasileiro e na crescente desigualdade social do país. - Já sei! - Erramos outra vez! - Eles estão novamente nos representando.
Estes, outrora candidatos, se sentindo em plena época medieval com a “Coroa de Lata” na cabeça, apresentam aos seus súditos seus sucessores.
- Quem? - Nós? - Sim, a nação brasileira: eu, você. Porque o espanto?...
Diante de uma platéia inerte a política do pão e circo que é comanda pela futura “Realeza” que provavelmente será eleita pelo inesquecível botãozinho confirma. - Como? - Eleita?
- Sim! Eleitos democraticamente pelo maldito botãozinho. Sendo assim, vivemos a troca dos maravilhosos salários de bolso, pois o que era anteriormente depositado na conta do ex-candidato “o pai”, passa ser colocado na vitalícia conta do filho, da mulher, da amante... - Espera aí! - Mulher e amante não são parentes... E quem disse que a monarquia voltou... Eles é que pensam assim.
- Bem como faço parte da parcela de rebelados, faço um apelo ao povo que nas próximas eleições irão apertar este botãozinho, fiquem atentos, votar não é um ato qualquer, é o fato mais importante que a democracia foi capaz de construir.
- Que façamos então como na época medieval. – Guilhotina eleitor brasileiro! Para que assim o Brasil possa “decolar”
O Tribunal Superior Eleitoral adverte: negociar seu voto é crime, artigo 299 do código eleitoral. E a pena para quem comete este ato estapafúrdio é: Condenar a si e ao país ser representado por quem rouba, e não faz...





Da ditadura a democracia dos corruptos e palhaços


Após longos anos de “sim senhor e não senhor”, o cenário político brasileiro caminhou entre as amarras da ditadura. Ao arrancarmos as algemas deste famigerado regime militar, que nos deixou como herança um amontoado de cadáveres desconhecidos. Partíamos para o século XXI, possuídos pela democracia, dos que lutaram arduamente por ela abrindo mão de seu bem maior “a vida”. Iludidos fomos às urnas acreditando que tudo seria diferente.
Com a única arma que nos restou o “voto”, e é com ele nos cabe modificar está legião de candidatos que nos envergonham e que se abastecem com a miséria humana.
È impossível um cidadão brasileiro nato, com dezoito anos completos, características claras para ser candidato em nosso país concorrer de maneira justa e com igualdade de condições, com esta legião de corruptos que se apossam do dinheiro público para comprar e corromper o eleitor. A fome o devora, junto com os seus, todos os dias. Vivemos hoje em nosso país, a maior chacota política possível de ser vivida, pois descoberta como novo filão econômico atrai uma massa gigantesca de artistas que se valem do seu oficio para ofender o eleitor com: “Eu sou o Tiririca da televisão. Sou candidato a Deputado Federal. O que é e que faz um Deputado Federal? Na realidade eu não sei. Mas vote em mim que eu te conto”. Desta maneira passamos pelas agulhas de Ronaldo Ésper, caímos no campo de futebol com Marcelinho Carioca e acabamos na feira com a mulher Pêra. Diante desta balburdia eleitoral, não temos tempo hábil para combater de forma limpa está vergonha nacional, que recebe o nome de “Eleição”. Podemos até acreditar que por trás do palhaço exista um homem sério. Mas democraticamente que possibilidades têm o João, a Maria, a Lucia... personagens anônimos de nossa história de concorrer com a mídia?
Não podemos utilizar o “voto” para transformar o Congresso Nacional e as demais Instâncias Políticas, em casa da “mãe a Joana”... Em “picadeiro”... Ou até mesmo no extinto pavilhão do “Carandiru”... Lembre-se mais de um milhão de jovens e crianças, sem contar com nossos idosos, habitam este país e são eles os mais penalizados com esta falta de respeito à Democracia Nacional.
Eleição, por incrível que pareça é coisa séria e é um momento de reflexão, onde temos que nos atentar aos grandes e pequenos detalhes dos projetos políticos dos candidatos. Quanto ao caráter dos que estarão aos nossos serviços, deve ser impecável. Afinal são eles os responsáveis por criar e aprovar as Leis e as Políticas Públicas de atendimento a população.
Portanto anular o voto ou se dizer apolítico é sofrer cinco anos de violência social, censura velada, mensalões, políticos que roubam e dizem que fazem dinheiro na cueca e assim por diante.
E como disse um grande combatente da ditadura Geraldo Vandré: ... “Quem sabe faz à hora, não espera acontecer”...
Eleitor brasileiro esta é à hora, e a sua arma é o “voto”.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Ficha Limpa nas mãos de homens de caráter dúbio...


Hoje não tenho como florear, preciso do meu amigo Joãozinho imediatamente. -Sim, aquele magnífico personagem das fábulas infantis.
Ao iniciar a aula, Joãozinho estava triste e cabisbaixo, seu olhos marejados de lágrimas me diziam que alguma coisa havia acontecido.
-João! Posso ajudá-lo? -Não professora... Mas menino porque tanta tristeza? -A casa caiu professora. -Como? -Caiu professora.
-Desculpe, não estou entendendo menino.
-Professora, durante muito tempo eu li na bandeira brasileira a frase “Ordem e Progresso” e isto me dava uma grande alegria... Ao percorrendo os caminhos da interatividade fiquei sabendo que a Ficha Limpa, pode não valer para as próximas eleições, e isto me deixou muito triste. Por que Joãozinho? -“Ordem” professora significa algo bom, determina que o país está em boas mãos, com leis que estão a favor do povo, auxiliando a nação a se desenvolver de maneira onde os cidadãos sejam respeitados de forma igualitária.  “Progresso” é a garantia de uma nação em dar ao povo uma vida digna, onde todos os cidadãos sejam capazes de cuidar de si e dos seus com o fruto do seu trabalho.
Nós pesquisamos o nome dos partidos que apoiaram está ação popular, fizemos cartazes com o nome dos candidatos que votaram contra e a favor da Ficha Limpa, também nos preparamos para convidar nossos pais para pensarem em nosso futuro e o quanto é importante votar certo.
Meus amigos e eu não suportamos mais viver e ver este mar de corrupção que é divulgado todos os dias na televisão, nos jornais, na internet...
E agora professora, terei que dizer aos meus os pais que o futuro que parecia “certo”  tornou-se  “incerto” quando a corrupção venceu a nação. 

Muito prazer, eu tenho nome...


Quando nasci, fui desejado por minha família, com todo carinho meu pai  escolheu meu nome, João Pedro, sou míope e uso um óculos super forte com lentes que costuma incomodar, mas me permite ver com toda clareza a cara covarde dos meus agressores diários.  O meu amigo, o Pedro, conhecido por todos como bolão, acho que não preciso dizer o motivo do apelido, é companheiro da Ana Julia “ferrugem”, uma menina  doce e delicada, que nos faz companhia na hora do intervalo quando corremos para o nosso esconderijo. Lá, somos super heróis e matamos a turma do mau, outro dia a Ana Júlia, jogou ácido no Maurício, ele ficou com medo que borrou toda calça, o Lucas saiu correndo e nunca mais voltou para escola. O sinal toca e voltamos apressados para o nosso pesadelo cotidiano, eles fazem parte da nossa turma e não nos deixam em paz com seus apelidos malvados e suas brincadeiras agressivas. Outro dia, a Ana Júlia não veio à escola, a mãe comunicou à diretora que a menina não iria mais estudar. Passamos na casa dela quando estávamos perto, soubemos que ela havia tomado o super ácido que jogou no Maurício e por este motivo iria estudar com os anjos. Quando voltamos para casa armamos um super plano, juntamos uma porção de fotos da Ana Júlia e fizemos um mural enorme.  Julia será a primeira da turma, suas lindas sardinhas brilharam como estrelas em uma linda noite de luar. E o mundo vai saber mundo que ela não foi covarde apenas estava cansada de suportar a maldade do Maurício, do Lucas e Cia... Passamos então ignorar os ignorantes que pensavam estar se divertindo.
Segundo a professora Esp.: Kátia Alessandra F. Rojas “Apelidos como "rolha de poço", atitudes como chutes, alunos "esforçados" que geralmente sofrem represálias por parte de seus colegas, em geral, não por características físicas, mas também intelectuais, são comportamentos típicos de alunos em sala de aula. Brincadeiras próprias da idade? Não. São atos agressivos, intencionais e repetitivos, que ocorrem sem motivação evidente e que caracterizam o chamado fenômeno Bullyng.Estudos mundiais revelam que de 5% a 35% dos alunos estão envolvidos nesse tipo de comportamento. No Brasil, alguns estudos demonstraram que esses índices chegam a 49%. Quem agride, quer que o seu alvo se sinta infeliz como na verdade ele é. É provável que o agressor também tenha sido humilhado um dia, descarregando no mais frágil a sua própria frustração e impotência. Não é interessante responder às provocações, pois isso aumentaria a raiva do agressor e é exatamente isso que ele quer. Outra coisa importante é não manter segredo da ofensa, intimidando-se. Pode ser um bom momento de lidar com os próprios complexos e de superar com a ajuda da família.”
O Bullyng é um problema mundial, e o mais agravante dos fatos é a omissão de alguns estabelecimentos de ensino, seja ele de ensino fundamental ou médio, particular ou público, que fecham os olhos não admitindo a ocorrência do fenômeno entre seus alunos, fingindo desconhecimento e negando-se a enfrentá-lo.  Não podemos fazer vistas grossas quando observamos a criança ou o adolescente com brincadeiras de mau gosto. Ou inocentemente reproduzirmos um apelido, achando que os colegas o estão fazendo devido a uma forma de carinho, visto que muitas vezes ele reflete o interior do ofendido e não a ação prazerosa que pensamos estar ali. Um aluno, filho de pais com estatura baixa e que os amigos e nós educadores costumávamos chamar carinhosamente de “pequeno”, sofreu calado até recebermos a visita da mãe que nos pediu que parássemos de nos referir a ele desta maneira, pois ele detestava o jeito carinhoso com que o tratávamos.

Consciência um inimigo oculto...



Durante todos os anos de minha vida em que as injustiças se estampavam violentamente sobre meu rosto, agredindo-me silenciosamente, eu desejava em fuga ser a dona Maria, mãe de vários filhos que responde ao apresentador do telejornal “boa noite”, e que tem como passatempo favorito o show de calouros, aquele do velho Guerreiro “Chacrinha” com seu troféu abacaxi e suas chacretes despudoradas.
Os falsos pudores dos antepassados ainda me ferem a carne perturbando a mente.
-Ah! -O domingo! -Não! -Nada de domingão do Faustão! O que imperava era Silvio Santos e seu magnífico show de calouros, repaginado aos moldes dos dias atuais, jogando “dinheiro nacional” nos telespectadores, levando a multidão ao delírio e destruindo o civismo perdido após a ditadura.  
Novamente a consciência aos solavancos, trás me de volta o olhar crítico que entrelaça atitudes e arbítrio, que é vista por mim como humilhação.
            E a musiqueta irritante! “Abelardo Barbosa está com tudo”... Continua a me agredir os tímpanos, enquanto a dona Maria: lava, passa e cozinha educando seus filhos para uma sociedade aos avessos, bombardeada por valores imorais que estouram na escola e no país, apossado por escândalos de todos os tipos.   
E o tempo não para! Passa! E a sociedade transforma e é transformada, mais as donas Marias caminham suavemente rumo ao que penso não ter sentido. E o que tem sentido? O stress de uma louca que esbraveja palavras misturadas a sonhos utópicos, tentado mudar o mundo, agredindo a si e a todos.      
Por que se olha no espelho dizendo que o poder não é capaz de corrompê-la, fingindo não saber que os não se corrompem, cavam suas próprias sepulturas: Chico Mendes, líder dos seringueiros, Dorothy Stang: freira assassinada no sul do Pará e provavelmente eu, “morta” por ideais que como eles, não mudaram o que parece ser imutável.  
Diante de fatos avassaladores, o contingente de Marias aumenta empilhadas por todos os lugares, sobem e descem os morros, projetando seus sonhos a fantástica loteria televisiva: Lata Velha, Lar doce lar, Esquadrão da moda, Um dia de Princesa... 
Enquanto seres como eu debatia-se em alto mar, afogando-se na passividade de ações alienadas, perturbando e sendo perturbada em diálogos que não se consolidam, pois os anos rebeldes se rebelaram sepultando-se nas caras pintadas de uma juventude dominada pela mídia “bandida”, que sobrevive dos horrores desta violência desmedida, que transforma vilões em astro da TV.
Que para dona Maria. Sim! Aquela que sonho ser, mas não consigo, pois ela acredita que tudo não passa de um grandioso espetáculo da TV que termina quando o apresentador do telejornal diz: Boa noite.